Manaus perdeu, nesta segunda-feira (26), um dos maiores nomes de sua cultura popular. Morreu o sambista e compositor Paulo Onça, aos 63 anos, após quase seis meses de internação. O artista foi brutalmente agredido em dezembro de 2024, em um caso que gerou grande comoção na capital amazonense.
Internado desde o dia 12 de dezembro no Hospital João Lúcio (anteriormente citado como Gentil Bittencourt), Paulo lutava por sua vida após ter sido espancado de forma covarde. Na madrugada do incidente, ele se envolveu em um acidente de trânsito na rua Major Gabriel, no bairro Praça 14, região central da cidade.
Após a colisão, Paulo foi atacado violentamente por Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”, que fugiu do local sem prestar socorro. A brutalidade do crime causou revolta entre artistas, amigos e admiradores do sambista, que dedicou décadas à música e à preservação da cultura negra e popular do Amazonas.
Compositor talentoso e figura presente em rodas de samba, blocos carnavalescos e eventos culturais, Paulo Onça deixa um legado profundo na cena musical manauara. Diversas manifestações de pesar tomaram conta das redes sociais nesta segunda, com homenagens de músicos, instituições e fãs, que lamentam a perda de um símbolo do samba local.
A polícia segue investigando o caso, e familiares cobram justiça. O velório e o sepultamento devem ocorrer nesta terça-feira (27), com local e horário a serem confirmados.