Avanço é o maior em 30 anos e mais que dobra o índice registrado em 2021
O esgotamento sanitário é um serviço essencial para a saúde pública e o meio ambiente. Ele reúne sistemas de coleta, transporte, tratamento e destinação final do esgoto doméstico e industrial, evitando a contaminação do solo e da água e reduzindo a propagação de doenças. A ausência dessa infraestrutura impacta diretamente a qualidade de vida da população, aumenta a incidência de enfermidades e compromete rios e igarapés.
Em Manaus, esse desafio tem avançado de forma significativa. A cidade deve encerrar 2025 com 40% de cobertura de esgotamento sanitário, segundo a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município (Ageman). Em 2021, apenas 16% dos domicílios contavam com coleta e tratamento de esgoto. O salto de 19 pontos percentuais em quatro anos — crescimento de cerca de 119% — é atribuído ao programa Trata Bem Manaus, a maior iniciativa de ampliação do sistema nas últimas três décadas.
Com investimento superior a R$ 2 bilhões, o programa tem meta de alcançar 90% de cobertura até 2033, beneficiando mais de 2 milhões de moradores. As obras se estendem por zonas Norte, Leste, Oeste e Centro-Sul, incluindo áreas de difícil acesso, como becos e palafitas, e seguem o Plano Diretor de Esgoto, fiscalizado pela Ageman. A execução é da concessionária Águas de Manaus, do grupo Aegea.
Segundo o Instituto Trata Brasil, Manaus está entre as dez capitais que mais ampliaram a cobertura de água e esgoto e figura como a sexta maior em volume de investimentos no setor, com R$ 1,6 bilhão aplicados nos últimos sete anos.
Além das obras, o município avança na revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, que define metas para abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos, reforçando a necessidade de equilibrar desenvolvimento urbano e preservação ambiental.
Com informações da Assessoria.
Por João Paulo Oliveira, da Jovem Pan News Manaus