Exclusiva: Dra. Tamyres Cidade participa do programa Radar 98 da Jovem Pan News Manaus e fala sobre prevenção do câncer de mama em mulheres idosas

Manaus (AM) – Em entrevista ao programa Radar 98, da Jovem Pan News Manaus, com apresentação de Álvaro Compello, a médica geriatra Dra. Tamyres Cidade, da Oncológica do Brasil, trouxe um alerta importante dentro da campanha Outubro Rosa: a urgência de reforçar os cuidados com a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama em mulheres idosas.

Segundo a especialista, com o envelhecimento da população, é fundamental adaptar as políticas de saúde para incluir com mais atenção as mulheres acima dos 60 anos, grupo frequentemente negligenciado nas campanhas de rastreamento.

“A gente está vivendo uma mudança, né? Antigamente se tinha mais crianças e mais adultos jovens no Brasil e no mundo. Hoje em dia essa pirâmide está mudando. Hoje temos muito mais idosos e a tendência disso é que aumente a quantidade de idosos”, explicou a médica.
“Como o idoso acaba tendo alguns fatores de risco a mais para algumas doenças, falar sobre câncer de mama em mulheres idosas é importante porque a população está vivendo mais. E como ela vive mais tempo, há chances de adquirir algumas doenças, como os cânceres, fica maior nessa população.”

Os fatores de risco aumentam com a idade

Dra. Tamyres destacou que a idade avançada, por si só, já representa um fator de risco para o câncer de mama, por conta das mutações genéticas que se acumulam ao longo da vida. Mas há outros agravantes que merecem atenção, como tabagismo, etilismo, obesidade, histórico familiar e até mesmo o uso inadequado de terapias hormonais.

“A idade avançada por si só, por causa das mutações genéticas, tabagismo, etilismo, terapias hormonais prolongadas, hoje o uso dos hormônios também está muito em alta, né? E alguns hormônios, se forem usados de forma errada, podem também gerar ou fazer com que o paciente desenvolva no futuro o câncer”, alertou.
“A obesidade, que é algo que a gente também vem combatendo de forma ferrenha, é importante. E tem a parte genética também, mas não é o que determina. Se minha mãe teve câncer, minha tia teve… isso não significa que eu terei. Mas aumenta o risco.”

Diagnóstico não é sentença de morte

Outro ponto importante abordado pela geriatra foi o impacto emocional do diagnóstico de câncer em mulheres idosas. A associação imediata entre a doença e a morte ainda é comum, o que pode gerar episódios de depressão e abandono do tratamento.

“Infelizmente, sim. É muito comum a mulher entrar em depressão após um diagnóstico desses. Na verdade, todo diagnóstico que traz a morte por trás, assim, a pessoa acha que vai morrer, isso traz muita angústia, muito sofrimento”, pontuou.

A especialista destacou o atendimento em clínicas particulares como a Oncológica do Brasil, que oferecem rapidez e suporte integral aos pacientes.

“Quando a gente fala de clínicas particulares, como a Oncológica do Brasil, que dá todo o apoio para o paciente, a gente consegue resolver a vida do paciente em tempo hábil, sem, às vezes, nem precisar retirar a mama, como eu já falei”, afirmou.
“Tem todo o apoio psicológico que a gente oferece também. Isso é importante porque essa associação de câncer com morte é muito comum. E a gente vem mostrando que não, que é só um diagnóstico e que temos tratamento, como conviver com a doença e até chegar na cura.”

A importância do Outubro Rosa para todas as idades

Para Dra. Tamyres Cidade, o Outubro Rosa deve ir além das mulheres jovens e incluir campanhas educativas voltadas para a terceira idade. A prevenção, o autocuidado, a realização de exames regulares, como a mamografia, e o acesso rápido ao tratamento são fundamentais para mudar o cenário da doença entre as idosas.

Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.

Entrevista Completa: https://www.youtube.com/live/PISWpXH3Ohs?si=aJhmkXGcOHvohsnm

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