Casa própria mais perto: novo programa vai beneficiar a classe média

Anúncio de Lula prevê financiamento para 80 mil famílias pela Caixa até 2026

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (10), um novo modelo de crédito imobiliário voltado à classe média, que passa a ser incluída nas políticas nacionais de habitação. O programa reestrutura o uso dos recursos da poupança para ampliar o acesso ao crédito a famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil mensais, que até então não eram contempladas pelo Minha Casa, Minha Vida.

Durante o evento Incorpora 2025, em São Paulo (SP), Lula afirmou que sempre teve o desejo de atender a essa parcela da população.

“Esse programa foi feito pensando nessa gente, pensando em dar àqueles que ainda não têm direito, o direito de ter a sua casinha um pouco melhor”, declarou o presidente.

Pelo novo modelo, o valor máximo dos imóveis financiados dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, com juros limitados a 12% ao ano. A Caixa Econômica Federal também voltará a financiar até 80% do valor do imóvel, com a meta de viabilizar 80 mil novas moradias até 2026.

Além disso, o governo vai encerrar os depósitos compulsórios no Banco Central, permitindo que o total dos recursos da caderneta de poupança seja usado como referência para o setor habitacional. Atualmente, 65% dos recursos da poupança vão para o crédito imobiliário, 15% são aplicados em operações livres e 20% ficam retidos no BC.

A mudança ocorre em meio à queda do volume de financiamentos via SFH, impactados pelos saques recorrentes da poupança, que totalizaram R$ 87,8 bilhões em 2023, R$ 15,5 bilhões em 2024 e já chegam a R$ 78,5 bilhões em 2025. O cenário é reflexo da manutenção da taxa Selic em patamares altos, o que tem incentivado a migração para investimentos de maior rendimento.

O anúncio foi feito durante o Incorpora 2025, evento realizado em São Paulo (SP) e considerado um dos maiores do setor habitacional. Lula afirmou que sempre teve uma “inquietação” em relação à falta de políticas habitacionais voltadas à classe média.

Com informações da Agência Brasil.

Por Tatiana Sobreira, da Redação da Jovem Pan News Manaus.

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