Manaus (AM) – Em entrevista ao programa Minuto a Minuto, da Jovem Pan News Manaus (98.7 FM), o presidente do Instituto Action, Afrânio Soares Filho, falou sobre a importância das pesquisas eleitorais na definição de estratégias políticas e no entendimento do comportamento do eleitor amazonense. Segundo ele, os levantamentos continuam sendo ferramentas indispensáveis para candidatos, partidos e analistas compreenderem tendências e tomarem decisões assertivas durante o processo eleitoral.
A pesquisa é essencial em qualquer campanha bem-sucedida. Ela serve como bússola para orientar candidatos e partidos desde a pré-campanha, na escolha dos nomes mais viáveis, até as decisões estratégicas durante a disputa”, explicou Afrânio.
O especialista lembrou que as pesquisas não elegem candidatos, mas ajudam a identificar o caminho correto a seguir.
A pesquisa não ganha eleição, nem perde, mas ajuda a ganhar, com certeza. Ela dá acesso à informação verdadeira, e quem tem acesso a dados corretos toma decisões melhores”, destacou.
Cuidado com institutos sem credibilidade
Afrânio alertou, no entanto, para o aumento de levantamentos sem rigor técnico, que acabam distorcendo o debate público.
A pesquisa correta requer método, ciência aplicada, estrutura, equipe qualificada e plano amostral bem elaborado. É importante o eleitor e o candidato verificarem o histórico do instituto. Fazer pesquisa é difícil — se fosse fácil, todo mundo faria”, afirmou.
Com mais de 20 anos de atuação, o Instituto Action se consolidou como uma das referências em pesquisa de opinião pública na Região Norte.
Desde 2002 participamos de 18 eleições. Nosso trabalho é técnico e acompanhado em tempo real. Hoje, usamos softwares que monitoram os pesquisadores no campo e verificam se o plano amostral está sendo cumprido, garantindo resultados confiáveis”, completou Afrânio.
Presencial ainda é o método mais seguro
O presidente do Action defendeu a pesquisa presencial como a mais confiável, especialmente no Amazonas, onde a logística e as distâncias entre os municípios representam grandes desafios.
A pesquisa telefônica é uma evolução, mas é difícil garantir uma amostra segura. As pessoas trocam de número com frequência, o que compromete o resultado. Na pesquisa presencial, conseguimos acompanhar a coleta em tempo real e validar as informações com precisão”, explicou.
Desafios no interior do Amazonas
Com 61 municípios distribuídos em nove calhas de rio, o interior do Amazonas continua sendo uma área estratégica para qualquer campanha.
O interior é metade do eleitorado. O desafio é grande, mas é indispensável para entender o comportamento político do Estado. Nós já chegamos a ter 230 pesquisadores atuando simultaneamente nas últimas eleições”, revelou Afrânio.
Tendências para 2026
O especialista também comentou sobre o cenário que começa a se formar para as eleições de 2026, com movimentações de lideranças políticas e possíveis nomes à disputa para o Senado. Segundo ele, o próximo pleito deve ser acirrado e com número reduzido de candidaturas ao governo, o que tende a concentrar forças políticas em grandes blocos.
Em 2026, teremos duas vagas para o Senado, o que torna a disputa ainda mais intensa. Devem concorrer nomes conhecidos do cenário local e nacional. O eleitor amazonense já começa a se posicionar, mas ainda há muito caminho pela frente”, avaliou.
Preço e transparência nas pesquisas
Afrânio Soares explicou que o custo de uma pesquisa varia conforme o tamanho da amostra e o alcance geográfico.
É difícil falar em um valor fixo, porque depende da região e do tipo de público. Mas uma pesquisa no interior do Estado pode custar em torno de R$ 12 mil. Informação confiável tem preço, e o retorno é estratégico”, disse.
Para ele, as pesquisas continuarão sendo instrumentos democráticos fundamentais.
Desconheço candidato majoritário que tenha vencido uma eleição sem fazer pesquisa. Ela é o mapa que mostra onde se está e o que precisa ser ajustado para chegar ao objetivo”, concluiu o presidente do Instituto Action.
Referência em credibilidade e atuação diversificada
Com duas décadas de atuação e reconhecimento nacional, a Action Pesquisas se consolidou como referência em estudos eleitorais e de opinião pública na Região Norte e em diversos estados brasileiros. O instituto é conhecido pela precisão dos levantamentos e pelo rigor metodológico, fatores que o colocam entre os mais respeitados do segmento.
Mas o trabalho da Action vai muito além do campo político. A empresa realiza pesquisas estratégicas para o setor privado, atendendo indústrias, redes varejistas, prestadores de serviços e instituições públicas, sempre com foco em diagnóstico de imagem, comportamento de consumo, satisfação e posicionamento de mercado.
Principais áreas de atuação do Instituto Action
Com sede em Manaus e presença consolidada em todo o Brasil, o Instituto Action atua há mais de duas décadas desenvolvendo pesquisas estratégicas voltadas tanto ao setor público quanto ao privado. O foco do trabalho está em compreender o comportamento do consumidor, avaliar imagem institucional e medir o desempenho de marcas, produtos e lideranças.
Entre as principais frentes de atuação do instituto estão os seguintes segmentos:
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Industrial: pesquisas de clima organizacional, teste de produtos e satisfação do cliente.
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Comercial e Varejista: estudos sobre satisfação, comportamento de compra, imagem e recall (Top of Mind).
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Serviços e Profissionais Liberais: análises de viabilidade de novos negócios, imagem de marca e satisfação de clientes.
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Transportes: levantamentos sobre satisfação e comportamento de compra.
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Hospitalar: pesquisas de imagem institucional e satisfação do paciente.
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Setor Público: avaliação de imagem de governantes e percepção institucional.
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Shopping Centers: estudos sobre recall de campanhas, auditoria de serviços, satisfação e comportamento de consumo.
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Imobiliário: testes de produtos, viabilidade de novos empreendimentos e comportamento de compra.
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Área Publicitária: pesquisas de recall e lembrança de marca, posicionamento de imagem e audiência.
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Setor Eleitoral: levantamentos de intenção de voto, tracking (acompanhamento de tendências), monitoramento de horário eleitoral e pesquisas de boca de urna.
Por Karoline Marques, da redação da Jovem Pan News Manaus
Foto: Gustavo Anthony