O programa IberCultura Viva, iniciativa de cooperação intergovernamental ligada à Secretaría General Iberoamericana (SEGIB), anunciou o Concurso de Curtas Audiovisuais “Tesouros Vivos, Memória e Territórios”. A chamada pública busca valorizar, registrar e difundir os saberes e práticas tradicionais das comunidades ibero-americanas, reconhecendo o papel de povos originários, afrodescendentes e organizações culturais de base na preservação do patrimônio imaterial.
As inscrições estão abertas até 30 de outubro de 2025, e podem ser feitas por meio do formulário oficial no Mapa IberCultura Viva.
Produção comunitária e inclusão
O concurso propõe que a criação audiovisual vá além da captação de imagens — trata-se de um processo colaborativo, em que comunidades participam da construção das narrativas. O edital incentiva modelos horizontais de produção, que estimulem o diálogo, o encontro e a troca de saberes, incorporando vozes diversas e olhares plurais sobre a memória coletiva.
As produções podem ser documentários, ficções, animações ou vídeos experimentais, com duração entre 1 e 7 minutos. Os vídeos devem estar disponíveis em plataformas como YouTube ou Vimeo, com acesso público e resolução mínima de 720 x 480 pixels.
Quem pode participar
Podem participar pessoas ou coletivos residentes nos países membros do programa, entre eles: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, El Salvador, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
As produções de mulheres, pessoas trans, indígenas e afrodescendentes receberão pontuação adicional durante o processo de avaliação, reforçando o compromisso do programa com a diversidade, a igualdade de gênero e a representatividade cultural.
Premiação e critérios
Serão premiados os cinco melhores vídeos, cada um com o valor de US$ 3.000 (três mil dólares). Os critérios de avaliação consideram aspectos como adequação ao tema, qualidade técnica, clareza narrativa, envolvimento comunitário e abordagem dos direitos humanos e culturais.
Os vídeos devem ser inéditos e respeitar integralmente os direitos humanos e culturais, além de proibir o uso de inteligência artificial em sua produção.
Visibilidade internacional
Além da exibição nas redes do IberCultura Viva, as obras vencedoras poderão ser difundidas em televisões públicas, plataformas digitais e eventos culturais nos países ibero-americanos, ampliando o alcance das vozes comunitárias.
“O objetivo é fortalecer a memória viva dos territórios, dar visibilidade aos saberes tradicionais e reconhecer as comunidades como protagonistas da transformação cultural”, destacou Márcia Rollemberg, presidenta do Conselho Intergovernamental do programa.
Clique aqui para saber mais sobre o edital
Com informações no portal do concurso*
Por Tatiana Sobreira