A Itália registrou em 2024 a menor taxa de fecundidade da sua história, com média de 1,18 filho por mulher, informou nesta terça-feira (21/10) o Instituto Nacional de Estatística (Istat). No mesmo ano, foram contabilizados 369.944 nascimentos, uma queda de 2,6% em relação a 2023, quando nasceram 379.890 crianças.
A tendência de queda no número de nascimentos se mantém desde 2008. Dados preliminares de 2025 indicam que o declínio continuará: entre janeiro e julho deste ano, nasceram 197.956 crianças, 6,3% a menos que no mesmo período de 2024, quando nasceram 211 mil.
O envelhecimento da população acompanha a baixa natalidade. Atualmente, 24,7% da população tem mais de 65 anos, e a idade média subiu de 46,6 para 46,8 anos em 2024.
O governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, no poder desde 2022, busca conter o declínio populacional com medidas como benefícios fiscais e apoio financeiro às famílias com filhos. Apesar disso, a tendência de famílias sem crianças persiste, influenciada por mudanças culturais, participação das mulheres no mercado de trabalho e priorização da liberdade individual.
Além de incentivos às famílias, o governo anunciou que a Itália emitirá quase 500 mil vistos de trabalho para cidadãos de fora da União Europeia entre 2026 e 2028, para suprir a escassez de mão de obra em idade ativa.
Histórico de nascimentos na Itália:
- 2008: mais de 576.000 nascimentos
- 2013: menos de 515.000
- 2018: menos de 440.000
- 2024: 369.944 nascimentos
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus.