A Polícia Militar do Amazonas (PMAM), por meio do programa Ronda Maria da Penha (RMP), registrou aumento de 50% na fiscalização de medidas protetivas entre janeiro e setembro de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. O número de fiscalizações passou de 1.820 para 2.730, segundo dados do programa.
A major PM Priscila Alencar, comandante do Ronda Maria da Penha, afirmou que, nos 11 anos de atuação do programa, nenhuma das mulheres acompanhadas pelas equipes policiais foi vítima de feminicídio. O RMP atua em conjunto com a Rede de Proteção a mulheres que denunciaram agressores.
“Inicialmente, a equipe faz o primeiro contato com a vítima na Delegacia, em sala de acolhimento, com policial militar preparado para atendimento especializado. Após os procedimentos judiciais e a expedição das medidas protetivas, acompanhamos e fiscalizamos o cumprimento. Até hoje não tivemos casos de feminicídio entre as nossas assistidas”, disse a comandante.

O programa está presente na capital e nos municípios de Parintins, Manacapuru, Tabatinga, Careiro Castanho, Coari e Tefé.
A cantora Jhenifer Borher passou a ser acompanhada pelo RMP em maio de 2024, após denunciar o ex-companheiro por agressão e ameaça de morte. Ela relatou que o acompanhamento do programa ajudou no processo de reconstrução da vida.
“Recebia visitas semanais e depois quinzenais, ligações constantes e acompanhamento direto. Esse apoio foi essencial para minha segurança e recomeço”, enfatizou a cantora.
O sargento PM Freires, com mais de seis anos de atuação no programa, explicou que o trabalho não se limita à segurança das vítimas, mas inclui ações de prevenção e educação, como palestras para jovens, trabalhadores e famílias, visando reduzir casos de violência doméstica.
“Nosso trabalho é fiscalizar e proteger, mas também investir em prevenção. Realizamos palestras para conscientizar jovens, trabalhadores e famílias, porque acreditamos que só por meio da informação será possível reduzir os casos de violência doméstica”, ressaltou.
Os policiais do Ronda Maria da Penha passam por capacitação específica antes de integrar a equipe, abordando legislação, comportamento e abordagem humanizada. O treinamento inclui orientações para visitas periódicas às vítimas, garantindo atendimento eficaz e minucioso.

Com informações da Assessoria
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus.