Brasil e EUA iniciam negociações após encontro de Lula e Trump em Kuala Lumpur

Diálogo bilateral abre caminho para solução das tarifas de até 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros; delegações se mobilizam para reuniões em breve

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos EUA Donald Trump se reuniram no domingo (26) em Kuala Lumpur, Malásia, marcando o início formal de negociações para resolver as tarifas de 50% aplicadas por Washington a produtos brasileiros.

Logo após o encontro, representantes de alto nível dos dois governos iniciaram negociação nesta segunda-feira. A delegação brasileira inclui o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, e o ministro da Economia Fernando Haddad. Eles viajarão a Washington na próxima semana para dar continuidade às conversações.

O presidente Lula demonstrou otimismo. “Acho que vamos fazer um bom acordo”, disse nesta segunda-feira. Também afirmou que vai ligar para Trump sempre que achar necessário durante o processo. Ele entregue uma lista de reivindicações brasileiras — entre elas o fim das tarifas elevadas e das sanções a ministros do STF e ao ministro da Saúde Alexandre Padilha — e considerou que “logo não haverá mais problema entre os dois países”.

Durante o encontro, Trump falou de forma mais cautelosa, mas elogiou o diálogo. Descreveu Lula como “um cara vigoroso” e afirmou que os dois países poderiam chegar a “bons negócios”.

Além das tarifas, os dois líderes trataram de temas como a China, a Venezuela e a situação política no Brasil. No encontro, Lula ressaltou que o Brasil registra deficit comercial com os EUA, o que, segundo ele, inviabiliza a justificativa para a tarifa elevada.

O ministro Mauro Vieira afirmou que será solicitado aos EUA a suspensão das tarifas durante o período de negociação, embora não haja confirmação se os norte-americanos aceitarão tal condição.

O cenário marca um avanço diplomático entre as duas nações e abre perspectiva de que um acordo comercial bilateral seja fechado em “alguns dias”, segundo estimativa do governo brasileiro.

 

 

 

Com informações das agências Reuters

 

Por João Paulo Oliveira, Jovem Pan News Manaus

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