O tufão Kalmaegi provocou cinco mortes e o deslocamento de milhares de pessoas no centro das Filipinas, informaram as autoridades nesta terça-feira (4). A tempestade causou inundações em vilarejos da ilha de Cebu, onde carros, caminhões e contêineres foram arrastados pela força da água.
De acordo com a meteorologista Charmagne Varilla, a capital provincial, Cidade de Cebu, registrou 183 milímetros de chuva em 24 horas, volume superior à média mensal de 131 milímetros. A governadora Pamela Baricuatro declarou que o risco maior foi causado pela água e não pelos ventos.
A secretária para gestão de desastres, Ethel Minoza, confirmou a morte de duas crianças em Cebu. Outras três vítimas foram registradas em diferentes localidades: um idoso na província de Leyte e um homem atingido por uma árvore em Bohol.
Moradores relataram que as enchentes avançaram rapidamente durante a madrugada. Parte da população de Cebu ainda vive em barracas provisórias desde o terremoto de 6,9 graus registrado no fim de setembro.
O Centro Nacional de Gestão de Desastres informou que equipes de resgate continuam mobilizadas para atender comunidades isoladas.
As Filipinas enfrentam cerca de 20 tempestades e tufões por ano, especialmente em regiões vulneráveis à pobreza e desastres naturais.
No Vietnã, o Kalmaegi ainda não chegou, mas o país já enfrenta fortes chuvas e enchentes que deixaram 40 mortos e seis desaparecidos nas províncias de Hue, Da Nang, Lam Dong e Quang Tri, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
As autoridades vietnamitas afirmaram que, nas últimas 24 horas, o volume de chuva chegou a 1,7 metro, um recorde nacional. O tufão deve atingir o território vietnamita na sexta-feira (7), com ventos de até 166 km/h, segundo o serviço meteorológico local.
O governo mobilizou equipes de emergência e evacuação nas áreas costeiras em preparação para o impacto. O Kalmaegi é o 13º tufão a atingir o Vietnã em 2025, de acordo com registros oficiais.
Cientistas apontam que eventos climáticos extremos como o Kalmaegi se tornaram mais frequentes e intensos devido ao aquecimento global e às mudanças climáticas provocadas pela atividade humana.
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus



