O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Dick Cheney morreu aos 84 anos, na noite de segunda-feira (3), segundo comunicado divulgado pela família nesta terça-feira (4). De acordo com a nota, a morte foi causada por complicações de pneumonia e problemas cardíacos e vasculares.
Cheney ocupou a vice-presidência entre 2001 e 2009, durante o governo de George W. Bush, e foi uma das principais figuras na formulação da política externa norte-americana após os ataques de 11 de setembro de 2001. Ele teve papel central na invasão do Iraque em 2003, sob a justificativa de que o país possuía armas de destruição em massa, hipótese nunca confirmada.
Antes de ocupar a vice-presidência, Cheney foi secretário de Defesa entre 1989 e 1993, no governo de George H. W. Bush, e chefiou o gabinete presidencial de Gerald Ford na década de 1970. Também exerceu mandato como deputado federal e presidiu a empresa de energia e defesa Halliburton.
Durante a “guerra ao terror”, Cheney defendeu o uso de técnicas de interrogatório consideradas ilegais por organismos internacionais. Ele também apoiou a ampliação dos poderes do Executivo durante o governo Bush.
Nos últimos anos, Cheney rompeu com o Partido Republicano ao declarar apoio à democrata Kamala Harris nas eleições de 2024, afirmando que o ex-presidente Donald Trump representava “ameaça à república”. Sua filha, Liz Cheney, também apoiou a candidatura de Harris e integrou a comissão que investigou a invasão do Capitólio em 2021.
Cheney passou por um transplante de coração em 2012, após décadas de problemas cardíacos. Ele deixa a esposa, Lynne, e duas filhas.
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus



