Levantamento vai medir nível de infestação do Aedes aegypti em todos os bairros de Manaus

Levantamento do LIRAa 2025 mobiliza quase 300 profissionais e reforça ações de prevenção contra dengue, zika e chikungunya

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou na segunda-feira (3/11) o 4º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. Até o dia 14 de novembro, as equipes irão vistoriar 25.954 imóveis, selecionados por amostragem em 63 bairros das zonas Norte, Sul, Leste e Oeste da capital amazonense.

O levantamento tem como objetivo avaliar o nível de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya, e subsidiar o planejamento de novas ações de controle e prevenção. A operação conta com 298 profissionais, entre Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), Agentes de Controle de Endemias (ACEs), motoristas, supervisores e equipes administrativas.

Monitoramento e controle

Durante a ação desta quarta-feira (5/11), no bairro Cidade Nova, o chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, explicou que os resultados do LIRAa orientam o planejamento de combate ao vetor.

O LIRAa tem sido importante porque consegue direcionar as ações para os bairros que realmente precisam de intervenção para evitar surtos das doenças. Este ano, estamos tendo uma redução de casos de dengue e zika, com aumento dos casos de chikungunya, mas ainda dentro do esperado”, afirmou.

Durante as vistorias, os agentes verificam possíveis criadouros do mosquito, coletam amostras de larvas, eliminam focos e orientam os moradores sobre as formas de prevenção.

Índices e comparativos

Os levantamentos anteriores de 2025 registraram queda progressiva no índice de infestação predial:

  • 1º LIRAa (março): 2,2%

  • 2º LIRAa (julho): 1,4%

  • 3º LIRAa (setembro): 1%

De acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, índices entre 1% e 3,9% indicam médio risco para transmissão de doenças — patamar em que Manaus se mantém desde 2012.

O último levantamento apontou 35 bairros em baixo risco e 28 em médio risco, sem registro de áreas em alto risco.

Criadouros mais comuns

Segundo a Semsa, os criadouros predominantes estão em depósitos móveis, como vasos, pratos, pingadeiras e bebedouros, que representaram 35,2% dos focos. Em seguida, aparecem os recipientes de armazenamento de água, como tambores e tonéis (28,4%), e o lixo doméstico, como garrafas e latas (21,2%).

Participação comunitária

A diretora do Distrito de Saúde (Disa) Norte, Paola Oliveira Santos, destacou que o envolvimento da população é essencial para o sucesso das ações.

Os agentes atuam orientando sobre as formas de prevenção. Com o resultado do índice, o acompanhamento é reforçado nos bairros mais críticos, com foco na educação em saúde e controle vetorial”, explicou.

A moradora Lúcia Marília Pereira, do bairro Cidade Nova, relatou a importância de manter o terreno limpo.

Já tive dengue duas vezes e sei como é ruim. Sempre procuro manter meu terreno limpo e sem água parada. A prevenção é sempre melhor”, alertou.

Situação epidemiológica

Entre janeiro e 29 de outubro de 2025, Manaus registrou 1.063 casos confirmados de dengue, uma redução de 56,9%em relação ao mesmo período de 2024 (2.469 casos).
Neste ano, também foram confirmados 12 casos de zika e 81 de chikungunya — números que refletem estabilidade no cenário epidemiológico do município.


Com informações da Assessoria de Comunicação

Por Karoline Marques, da redação da Jovem Pan News Manaus

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