A Etiópia foi escolhida nesta terça-feira (11), para sediar a 32ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP32), programada para 2027. O anúncio foi feito durante a COP30, realizada em Belém, no Pará. A decisão contou com o endosso do grupo de países africanos, que indicaram a capital Adis-Abeba como sede do evento.
O governo etíope confirmou o apoio regional e informou que a decisão final ainda precisa ser formalizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), o que deve ocorrer até o encerramento da cúpula atual, previsto para o dia 21 de novembro. A Etiópia disputava a sede com a Nigéria, mas recebeu consenso do bloco africano.
Durante a sessão plenária em Belém, o embaixador da Etiópia no Brasil, Leulseged Tadese Abebe, agradeceu o apoio recebido e afirmou que a COP32 será um espaço para fortalecer a ação climática no continente. A escolha do país dá à Etiópia o papel de presidir o encontro e definir parte da agenda de negociações climáticas globais.
Enquanto isso, a definição do anfitrião da COP31, que será realizada em 2026, permanece indefinida. Austrália e Turquia mantêm candidaturas ativas, e o impasse entre os países do grupo “Europa Ocidental e Outros” ainda não foi resolvido. A Austrália propôs realizar o evento em parceria com as Ilhas do Pacífico, enquanto a Turquia defende sua proposta para a cidade de Antália.
Caso não haja consenso até o fim da COP30, a conferência do próximo ano poderá ocorrer em Bonn, na Alemanha, onde está localizada a sede da Secretaria da ONU para o Clima.
As conferências do clima da ONU são organizadas por sistema de rodízio entre cinco blocos regionais. Neste ano, o Brasil sedia a COP30 em nome da América Latina e do Caribe.
A organização ambientalista 350.org destacou que a escolha da Etiópia representa uma oportunidade para ampliar o debate sobre os impactos climáticos na África. A representante da entidade no continente, Rukiya Khamis, pediu que as negociações sobre a COP31 sejam concluídas rapidamente para evitar atrasos na agenda internacional de combate às mudanças climáticas.
Com informações da Jovem Pan News*
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus






