Uma onça-parda (Puma concolor) e seus dois filhotes foram registrados por armadilhas fotográficas na Reserva Biológica Estadual de Araras (Rebio Araras), em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. As imagens, captadas em outubro, mostram a fêmea acompanhada dos filhotes, com cerca de um ano de idade, e reforçam a presença estável da espécie na unidade de conservação.
O monitoramento da fauna na Rebio Araras é conduzido pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As ações são realizadas pelos pesquisadores e guarda-parques Vanessa Cabral Barbosa, Yan Rodrigues, Renato Sampaio e André Lanna.
De acordo com o Inea, o registro de grandes predadores indica a integridade ecológica do ambiente, já que a onça-parda ocupa o topo da cadeia alimentar e depende de áreas extensas e equilibradas para sobreviver. A observação de fêmeas com filhotes também sugere disponibilidade de presas e efetividade das medidas de conservação adotadas na reserva.
O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, destacou que o uso de armadilhas fotográficas tem ampliado o conhecimento sobre mamíferos de médio e grande porte e auxiliado no manejo da fauna silvestre. Já a pesquisadora Vanessa Cabral explicou que cada imagem coletada representa um indicador do equilíbrio e da resiliência dos ecossistemas da Mata Atlântica.
A onça-parda é o segundo maior felino das Américas, atrás apenas da onça-pintada. Também conhecida como suçuarana ou leão-baio, é nativa da Mata Atlântica e exerce papel essencial no controle populacional de outras espécies, contribuindo para o equilíbrio ecológico.
Com área de 3.837 hectares, a Rebio Araras abrange partes dos municípios de Petrópolis e Miguel Pereira. Criada para preservar remanescentes de Mata Atlântica do Corredor da Serra do Mar, a unidade é destinada exclusivamente à pesquisa científica e abriga espécies nativas, raras e ameaçadas de extinção.

Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus





