O presidente do Equador, Daniel Noboa, viajou nesta terça-feira (18), para Washington após a derrota no referendo realizado no domingo (16), que rejeitou a possibilidade de o país voltar a permitir bases militares estrangeiras em seu território. A proposta integrava um bloco de quatro questões submetidas à população e foi recusada por maioria.
A agenda do chefe do Executivo nos Estados Unidos não foi detalhada no decreto oficial publicado na segunda-feira (17), mas o documento afirma que a viagem tem como objetivo fortalecer relações diplomáticas e comerciais. Noboa permanece no país até quinta-feira (20), acompanhado do secretário para a Integridade Pública, José Julio Neira.
Duas semanas antes do referendo, a secretária de Segurança Nacional dos EUA, Kristi Noem, esteve no Equador e visitou as bases de Manta e Salinas, locais onde Washington avaliava reinstalar operações militares caso a consulta popular tivesse autorizado a mudança constitucional.
A Constituição equatoriana de 2008 retirou a possibilidade de presença militar estrangeira no país, o que levou à saída das forças dos Estados Unidos no ano seguinte. No domingo, cerca de 61% dos eleitores rejeitaram o retorno das bases. As outras três perguntas do referendo — redução do tamanho da Assembleia Nacional, interrupção de financiamento público a organizações políticas e uma mudança administrativa — também foram reprovadas.
Antes de embarcar, Noboa publicou mensagem nas redes sociais reconhecendo o resultado. Após a apuração de 88% das urnas, o presidente comentou a derrota e afirmou que acataria a decisão dos eleitores.
“Respeito a vontade dos eleitores e continuarei trabalhando dentro dos limites definidos pelo processo democrático”, disse.
Acordos comerciais em negociação
Além dos temas de segurança, a relação econômica entre os dois países também está em discussão. Na semana passada, o governo dos Estados Unidos anunciou a eliminação de tarifas aplicadas desde abril sobre 105 produtos equatorianos, que chegaram a 15% em agosto, durante a gestão do presidente Donald Trump.
Segundo o Ministério da Produção, Comércio Exterior e Investimentos do Equador, ainda estão em andamento negociações para retirada de tarifas de outros itens da pauta comercial.
Com informações da Veja*
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus






