Conviver diariamente com dor, ter dificuldade para realizar movimentos simples e enfrentar limitações funcionais são situações comuns para milhões de brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40% da população sofre com algum tipo de dor crônica. Embora não tenha cura, a condição pode ser controlada quando o tratamento combina acompanhamento médico, fisioterapia, ajustes na alimentação e a prática regular de atividade física orientada.
Diagnosticada com condropatia no joelho, a empresária Ana Cristina Belota encontrou no exercício acompanhado por profissionais especializados uma alternativa eficaz para reduzir o desconforto e retomar a rotina com mais autonomia. Tarefas simples, como subir escadas ou levantar-se após ficar sentada, passaram a ser menos dolorosas após o início dos treinos.
“Depois que comecei a treinar com o acompanhamento certo, a dor diminuiu muito e hoje quase não sinto desconforto no dia a dia. O fortalecimento muscular fez toda a diferença na minha recuperação”, afirma.
Há um ano e meio, Ana Cristina segue um programa de exercícios focado em força, mobilidade e estabilidade. Os benefícios, segundo ela, vão além da melhora física.
“Além da dor ter reduzido, me sinto mais disposta, durmo melhor e tenho mais energia. O treino se tornou parte da minha rotina e da minha saúde mental também”, completa.
Avaliação personalizada e evolução gradual
A personal trainer Ana Morais, que atende alunos com diferentes quadros de dor persistente, explica que o primeiro passo é entender o histórico de cada pessoa.
“Antes de qualquer treino, realizo uma avaliação para identificar a origem da dor, as limitações e o nível de mobilidade. A partir disso, o treinamento é construído de forma gradual e segura”, afirma.
Segundo a profissional, o exercício físico é uma das ferramentas mais eficazes para o controle da dor crônica.
“Ele melhora a circulação, aumenta a força muscular, amplia a mobilidade articular e reduz inflamações. Além disso, estimula a liberação de endorfinas, que são analgésicos naturais produzidos pelo corpo”, explica.
Entre as queixas mais comuns dos alunos estão dores lombares, cervicais, nos joelhos e nos ombros — muitas vezes relacionadas à má postura, desequilíbrios musculares e longos períodos de sedentarismo. Para esses casos, Ana Morais indica treinos que combinam musculação, mobilidade, alongamento e atividades aeróbicas leves.
“Esses exercícios fortalecem estruturas que sustentam as articulações, reduzem a sobrecarga e auxiliam na recuperação da amplitude e da coordenação dos movimentos”, detalha.
Tratamento deve envolver diferentes profissionais
Mesmo com os benefícios da atividade física, a personal reforça que o cuidado com a dor crônica deve envolver uma equipe multidisciplinar.
“O educador físico é parte importante do processo, mas fisioterapeutas, nutricionistas e médicos complementam o tratamento. Quando todos atuam juntos, os resultados são mais consistentes e duradouros”, afirma.
Para ela, o movimento deve ser entendido como aliado no controle da dor, desde que realizado com orientação adequada.
“Quem vive com dor crônica precisa compreender que se movimentar faz parte da reabilitação. Quanto mais tempo ficamos parados, maior a tendência de agravamento do quadro. Com acompanhamento certo, é possível reduzir crises, melhorar o humor e elevar a qualidade de vida”, finaliza.
Com Informações da Três Comunicação e Marketing
Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus






