A estatal Correios anunciou nesta quarta-feira (19) um pacote de medidas para reestruturação financeira, incluindo demissão voluntária, fechamento de agências deficitárias e venda de imóveis. O plano também prevê a contratação de até R$ 20 bilhões em empréstimos, com objetivo de recuperar o equilíbrio financeiro em 2026 e voltar ao lucro em 2027.
Os Correios detalharam que o plano foi elaborado após análise da situação financeira e do modelo de negócios, estruturado em três fases: recuperação financeira, consolidação e crescimento. Segundo a estatal, as ações visam garantir continuidade, eficiência e qualidade nos serviços postais.
Principais medidas
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Programa de Demissão Voluntária (PDV);
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Redução de custos com plano de saúde dos empregados;
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Modernização e readequação da operação e infraestrutura tecnológica;
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Fechamento de até 1 mil agências deficitárias;
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Venda de imóveis da estatal, com expectativa de arrecadar R$ 1,5 bilhão;
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Expansão do e-commerce e busca por parcerias estratégicas;
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Possibilidade de fusões, aquisições e reorganizações societárias.
Mesmo com o enxugamento da estrutura, os Correios afirmam que seguem comprometidos com a universalização dos serviços postais, incluindo regiões remotas e de difícil acesso.
Pacote anterior
Após registrar prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, a estatal lançou em maio deste ano medidas como PDV, redução da jornada administrativa para seis horas diárias, suspensão temporária das férias de 2025 e fim do teletrabalho. O PDV anterior teve 3,5 mil adesões, gerando economia anual de cerca de R$ 750 milhões.
Estrutura atual dos Correios
De acordo com o IBGE, os Correios atuam em 5.568 municípios, além do Distrito Federal e do Distrito Estadual de Fernando de Noronha (PE). A estrutura inclui:
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Mais de 10 mil agências de atendimento;
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8 mil unidades operacionais de distribuição e tratamento de correspondências;
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23 mil veículos;
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80 mil empregados diretos;
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Serviços estratégicos, como entrega de livros didáticos, distribuição das provas do Enem, transporte de urnas eletrônicas e apoio em emergências e calamidades, incluindo enchentes no Rio Grande do Sul e tornado em Rio Bonito do Iguaçu (PR).
Expectativas
Com as novas medidas, os Correios projetam reduzir o déficit em 2026 e retomar a lucratividade em 2027, reforçando a eficiência operacional e garantindo serviços essenciais à população.
Com informações da Assessoria.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.






