Uma forte onda de frio de origem ártica voltou a afetar os Estados Unidos, provocando nevascas na região dos Grandes Lagos e trazendo prejuízos à mobilidade urbana, além de alterar rotinas em diversos estados. O fenômeno, reforçado pelo chamado efeito lacustre, tem ocorrido com maior frequência nesta época do ano e segue sendo monitorado por autoridades meteorológicas.
Nas últimas incursões desse sistema, cidades como Chicago registraram neve acompanhada de ventos intensos e tempestades elétricas, com acúmulos que superaram 30 centímetros em áreas próximas ao lago Michigan. As bandas mais fortes de precipitação se formaram ao sul da cidade, impactando deslocamentos e serviços essenciais.
A instabilidade também se estende para Michigan, Indiana, Ohio, Pensilvânia e Nova York — regiões onde, sempre que o ar ártico avança sobre os lagos, a neve tende a se intensificar. Em corredores urbanos como Cleveland, Erie e Buffalo, as vias frequentemente ficam escorregadias durante esses episódios, afetando o trânsito matinal e a operação de serviços públicos.
Ar polar mantém temperaturas baixas no Meio-Oeste e no Sudeste
A massa de ar frio costuma atingir uma faixa ampla do país, derrubando temperaturas em estados do Meio-Oeste e do Sudeste. Episódios recentes levaram cidades de Alabama, Mississippi, Geórgia, Louisiana e Flórida a registrar algumas das menores marcas para o período em décadas.
Cidades como Jacksonville e Savannah chegaram a operar com mínimas próximas ou abaixo de 0°C, e até regiões tradicionalmente mais quentes — como Melbourne, na Flórida — tiveram máximas excepcionalmente baixas, cenário incomum para a região. As condições frequentemente levam ao acionamento de alertas de frio e geada para grandes centros urbanos, incluindo Washington e Nova York.
Neve também atinge áreas dos Apalaches e do leste do país
Durante essas incursões de ar frio, os Apalaches costumam registrar os maiores acúmulos, especialmente nas áreas de altitude mais elevada. O fenômeno também pode provocar episódios isolados de neve em cidades pouco habituadas ao evento, como Atlanta.
Apesar da intensidade com que essas ondas de frio costumam avançar, os modelos meteorológicos geralmente apontam para perda gradual de força ao longo da semana, permitindo a recuperação das temperaturas após o pico do frio.
Com informações da CNN*
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus
