Amazonas tem 23º maior rendimento do país em 2024, segundo IBGE

O trabalhador ocupado no Amazonas recebeu, em média, R$ 2.997 em 2024 o 23º maior rendimento do Brasil e R$ 211 abaixo da média nacional, que ficou em R$ 3.208. Os dados são do IBGE, por meio da Pnad Contínua.

Estados como Distrito Federal e São Paulo mantiveram as maiores remunerações do país, enquanto Maranhão e Ceará registraram os menores rendimentos.

Média salarial por estado

  • Distrito Federal: R$ 5.037

  • São Paulo: R$ 3.884

  • Maranhão: R$ 2.051

  • Ceará: R$ 2.053

  • Amazonas: R$ 2.997

Rendimento domiciliar per capita

No comparativo do rendimento domiciliar per capita em 2024, o Amazonas apareceu novamente entre os menores valores, com R$ 1.237. Apenas Maranhão (R$ 1.079) e Ceará (R$ 1.202) ficaram atrás. Na outra ponta, os maiores valores foram:

  • Distrito Federal: R$ 3.281

  • São Paulo: R$ 2.582

  • Santa Catarina: R$ 2.552

O IBGE apontou ainda que, entre 2012 e 2024, as maiores variações positivas ocorreram no Tocantins (49,4%), Alagoas (48,7%), Piauí (45,2%) e Rio Grande do Norte (45%). Já entre os menores avanços estão Roraima e Amazonas, ambos com 0,6%, e Acre, com 6,9%.

Diferenças regionais

Em 2024, trabalhadores das regiões Norte (R$ 2.450) e Nordeste (R$ 2.229) receberam, respectivamente, 76,4% e 69,5% da média nacional.

Desigualdade racial e de gênero

O levantamento também reforça fortes desigualdades no mercado de trabalho brasileiro:

  • Trabalhadores brancos ganharam 65,9% a mais que trabalhadores pretos e pardos.

  • Homens receberam 27,2% a mais que mulheres.

  • O rendimento-hora médio foi de R$ 24,60 para pessoas brancas, contra R$ 15 para pretas e pardas.

Rendimento do trabalho principal

Considerando apenas o trabalho principal, a média mensal passou de R$ 3.002 em 2023 para R$ 3.108 em 2024, um aumento real de 3,5%, acumulando 10,8% de alta no biênio 2023–2024.

Entre as ocupações com maiores rendimentos, destacam-se:

  1. Diretores e gerentes: R$ 8.721

  2. Militares, policiais e bombeiros: R$ 6.749

  3. Profissionais das ciências e intelectuais: R$ 6.558

Pobreza e extrema pobreza diminuem

A proporção de brasileiros em extrema pobreza caiu de 4,4% em 2023 para 3,5% em 2024 — uma redução equivalente a 1,9 milhão de pessoas. A taxa de pobreza também recuou, passando de 27,3% para 23,1%, o que representa 8,6 milhões de pessoas a menos nessa condição.

A desigualdade racial permanece evidente:

  • 25,8% das pessoas pretas e 29,8% das pardas são pobres.

  • Entre brancos, o índice é de 15,1%.

  • Em renda total, brancos ganham 65,9% mais que pretos e pardos.

Com informações da Assessoria.

Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.