Região árabe registra ano mais quente da história em 2024, aponta OMM

Relatório mostra avanço do aquecimento, aumento de ondas de calor e impacto direto na segurança hídrica
Foto: Organização Meteorológica Mundial (OMM)

A região árabe registrou em 2024 o ano mais quente já observado, segundo o relatório inaugural da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sobre o Estado do Clima na Região Árabe. O documento indica que o ritmo de aquecimento aumentou nas últimas décadas, acompanhado por ondas de calor mais longas, secas e eventos extremos de chuva e tempestades.

O relatório aponta que esses fenômenos climáticos se somam a desafios socioeconômicos presentes na região, como urbanização, conflitos, pobreza e crescimento populacional. A combinação desses fatores reforça a necessidade de investimentos em resiliência, redução de riscos e segurança hídrica.

Elaborado pela OMM em parceria com a Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental e a Liga dos Estados Árabes, o estudo tem o objetivo de apoiar decisões em uma área considerada vulnerável às mudanças climáticas e que reúne 15 países com escassez hídrica severa.

Antes da sonora, a OMM contextualizou que os indicadores climáticos do ano passado reforçam uma tendência contínua de aumento das temperaturas.
Em seguida, a secretária-geral da organização, Celeste Saulo, disse que 2024 foi o ano mais quente já registrado na região árabe e que as temperaturas estão subindo duas vezes mais rápido que a média global. Segundo ela, ondas de calor prolongadas ultrapassam 50 °C, o que afeta saúde humana, ecossistemas e economias. Saulo destacou que secas se tornaram mais frequentes e severas e que também foram registradas enchentes significativas, concluiu.

O relatório também ressalta que a intensificação das secas ocorre em uma das regiões com menor disponibilidade de água no mundo, o que pressiona a gestão hídrica e aumenta riscos sociais e econômicos. Paralelamente, tempestades e volumes extremos de chuva têm provocado impactos em áreas urbanas e rurais.

As instituições responsáveis afirmam que a divulgação periódica desse tipo de levantamento deve apoiar políticas públicas voltadas para adaptação climática, infraestrutura essencial e medidas de longo prazo para enfrentar o aquecimento global.


Com informações da Organização Meteorológica Mundial (OMM)*

Por Haliandro Furtado — Redação da Jovem Pan News Manaus