Pesquisa nos EUA identifica nova estratégia para combater câncer de mama triplo-negativo resistente

Cientistas do MD Anderson Cancer Center descobriram uma vulnerabilidade terapêutica em um tipo agressivo de câncer de mama triplo-negativo. A estratégia envolve a perda do gene Rb1 e a inibição combinada das vias ATR e PKMYT1.

Pesquisadores do MD Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, identificaram uma nova abordagem terapêutica para tratar um subtipo agressivo de câncer de mama triplo-negativo resistente aos tratamentos convencionais, a partir da análise da perda do gene Rb1.

Um estudo conduzido por cientistas do MD Anderson Cancer Center, nos Estados Unidos, revelou uma vulnerabilidade terapêutica em células de câncer de mama triplo-negativo, um dos subtipos mais agressivos da doença. A pesquisa aponta que a perda do gene Rb1 pode ser utilizada como biomarcador para orientar um novo tipo de tratamento.

De acordo com os pesquisadores, a deficiência do gene Rb1 faz com que as células tumorais passem a depender das vias ATR e PKMYT1 para sobreviver. A partir dessa constatação, os cientistas testaram a inibição simultânea dessas duas vias, provocando o que é conhecido como “letalidade sintética”.

Nos testes pré-clínicos, a combinação dos inibidores resultou na morte das células cancerígenas e na regressão de tumores que apresentavam resistência a terapias tradicionais, incluindo os inibidores de CDK4/6, amplamente utilizados no tratamento do câncer de mama.

A descoberta contribui para o avanço da medicina personalizada, permitindo que o status do gene Rb1 seja utilizado como critério para a seleção de pacientes que podem se beneficiar desse tipo de terapia. Atualmente, diversos inibidores das vias ATR e PKMYT1 já estão em fases de ensaios clínicos, com alguns recebendo classificação de “via rápida” pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos.

 

Com informações da Assessoria.

Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.