A Região Norte registrou a menor proporção de uso de substâncias psicoativas ilícitas no Brasil, segundo dados do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com base em informações coletadas em 2023.
De acordo com o Lenad, 14,1% da população da Região Norte relatou ter feito uso de substâncias psicoativas ilícitas ao menos uma vez na vida, excluindo álcool e tabaco. O percentual é o menor entre as cinco macrorregiões brasileiras. A maior proporção foi registrada na Região Sul (25,4%), seguida pelo Sudeste (19,7%), Centro-Oeste (18,5%) e Nordeste (15,6%).
No cenário nacional, cerca de um em cada cinco brasileiros (18,7%) afirmou já ter experimentado drogas ilícitas ao longo da vida. A prevalência entre os homens é de 23,9%, enquanto entre as mulheres o índice é de 13,9%. O levantamento também aponta que, entre jovens menores de idade, a experimentação de drogas foi maior entre meninas do que entre meninos.
A pesquisa indica ainda que 8,1% da população brasileira, o equivalente a mais de 13 milhões de pessoas, fez uso de drogas até um ano antes da realização do estudo. Entre adultos, o consumo passou de 6,3% em 2012 para 15,8% em 2023. Entre as mulheres adultas, o índice subiu de 3% para 10,6% no mesmo período.
Quando analisado o consumo de cannabis entre adolescentes por região, o Sul apresentou a maior proporção de experimentação ao longo da vida (10,1%), seguido do Sudeste (6,9%). As demais regiões registraram percentuais menores: Centro-Oeste (5,0%), Nordeste (4,9%) e Norte (4,2%).
Em relação ao uso de cannabis no último ano entre adolescentes, 3,4% relataram consumo. As maiores prevalências foram observadas no Sul (4,0%) e Sudeste (3,9%), seguidas pelo Norte (3,4%), enquanto Nordeste (3,0%) e Centro-Oeste (2,1%) apresentaram os menores índices.
Entre adultos, o consumo recente de cannabis também variou regionalmente. O Norte registrou a menor estimativa (3,1%), enquanto Sudeste (7,0%), Sul (6,9%) e Centro-Oeste (6,6%) apresentaram os maiores percentuais. O Nordeste teve índice de 5,2%. Os dados indicam diferenças regionais tanto no uso ao longo da vida quanto no consumo mais recente da substância.
Com informações da Assessoria.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.






