O ano de 2025 foi intenso para o esporte paralímpico brasileiro, com desempenho de destaque em mundiais de atletismo e judô, além de conquistas importantes em natação, ciclismo, halterofilismo e canoagem. No tênis de mesa, a atenção se voltou para um conflito entre atletas e a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) sobre exigências do Bolsa Atleta.
O primeiro ano do ciclo paralímpico para Los Angeles 2028 trouxe conquistas históricas para o Brasil. No atletismo, a seleção brasileira liderou o quadro de medalhas do Mundial realizado em Nova Déli, com 15 ouros, 20 pratas e nove bronzes, superando a China. A principal destaque foi Jerusa Geber, tetracampeã dos 100 m rasos da classe T11, que atingiu 13 pódios em Mundiais.
No judô, o Mundial de Astana (Cazaquistão) também colocou o Brasil no topo, com 13 medalhas, sendo cinco de ouro. Entre os atletas em evidência estão Alana Maldonado, Wilians Araújo, Rebeca Silva, Brenda Freitas e Rosi Andrade, com conquistas inéditas para suas categorias.
O tênis em cadeira de rodas teve desempenho histórico na Copa do Mundo de Antalya (Turquia), com a seleção brasileira da classe quad conquistando a prata. Nos Grand Slams, Vitória Miranda e Luiz Calixto conquistaram títulos importantes antes de encerrarem a participação na categoria júnior.
Em outros esportes, Fernando Rufino brilhou na canoagem em Milão, com ouro nos 200 m VL2. No ciclismo de estrada, Lauro Chaman conquistou o tricampeonato da prova de resistência da classe C5, enquanto na pista, Sabrina Custódia estabeleceu recorde no contrarrelógio da classe C2. Na natação, Gabriel Araújo e Carol Santiago se destacaram no Mundial de Singapura, contribuindo para o sexto lugar do Brasil no quadro de medalhas. No halterofilismo, a seleção feminina conquistou ouro por equipes no Mundial, com medalhas também nas categorias individuais.
A temporada também teve episódios fora das competições. Em julho, nove atletas de tênis de mesa enviaram um ofício ao Ministério do Esporte questionando exigências da CBTM sobre o uso do Bolsa-Pódio e o planejamento de participação em eventos internacionais. A confederação revogou as medidas, mas o debate sobre critérios permanece.
Com informações da Agência Brasil.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.
Foto: Cris Mattos/CPB






