Morre Brigitte Bardot, atriz francesa, aos 91 anos

Atriz morreu neste domingo no sul da França; causa da morte não foi divulgada
Foto: Wikipédia

A atriz francesa Brigitte Bardot morreu neste domingo (28), aos 91 anos, em um hospital no sul da França. A causa da morte não foi informada. Segundo informações divulgadas, ela enfrentava problemas de saúde nos últimos meses e passou por períodos de internação. Bardot estava internada para a realização de um procedimento cirúrgico.

O presidente da França, Emmanuel Macron, se manifestou nas redes sociais e afirmou que Brigitte Bardot representou uma vida marcada pela liberdade e teve projeção internacional por meio de sua trajetória no cinema e fora dele.

Além de atriz, Bardot atuou como cantora e ativista da causa animal. Nascida em Paris, em 1934, iniciou a carreira artística como modelo aos 15 anos, após estampar a capa da revista Elle. A visibilidade abriu caminho para o cinema.

A estreia nas telas ocorreu em 1952, aos 18 anos, no filme Le Trou Normand, de Jean Boyer. No mesmo ano, participou de Manina, a Moça Sem Véu, dirigido por Willy Rozier. Embora com papéis secundários, chamou atenção ao aparecer de biquíni, contribuindo para a popularização da peça.

Em 1953, atuou em Mais Forte que a Morte, sua primeira produção norte-americana, contracenando com Kirk Douglas e Dany Robin. No Festival de Cannes daquele ano, durante a divulgação do filme, voltou a atrair atenção da imprensa ao comparecer ao evento de biquíni.

Nos anos seguintes, trabalhou em produções francesas, italianas e inglesas. Em 1955, participou de filmes como A Noiva do Comandante, As Grandes Manobras e A Luz do Desejo. Em 1956, atuou em Helena de Tróia, Mademoiselle Pigalle e Meu Filho Nero.

Ainda em 1956, protagonizou E Deus Criou a Mulher, dirigido por Roger Vadim, com quem era casada à época. No filme, interpretou Juliette, personagem ambientada em Saint-Tropez. A produção marcou sua projeção internacional e consolidou sua imagem no cinema.

Nos anos seguintes, atuou em filmes como O Desprezo (1963), de Jean-Luc Godard, além de contracenar com nomes como Anthony Perkins, Marcello Mastroianni, Alain Delon e Sean Connery.

Durante a década de 1960, enfrentou problemas pessoais, incluindo crises de relacionamento, episódios de depressão e conflitos familiares. Em 1965, esteve no Brasil, quando mantinha relacionamento com o brasileiro Bob Zagury. A passagem por Búzios, no Rio de Janeiro, ganhou repercussão e resultou na instalação de uma estátua em sua homenagem no município.

O último filme da atriz foi L’histoire très bonne et très joyeuse de Colinot Trousse-Chemise, lançado em 1973. Após isso, Bardot deixou a carreira artística e passou a se dedicar à defesa dos animais, criando a Fundação Brigitte Bardot, voltada à proteção de diferentes espécies.

Nos últimos anos, foi alvo de controvérsias. Em 2021, foi condenada pela Justiça francesa e multada em 20 mil euros por insultos racistas contra moradores da ilha de Reunião. Também declarou apoio à política francesa Marine Le Pen.

Brigitte Bardot deixa um filho, duas netas e uma bisneta.

 

Com informações da Agência Brasil*

Por Haliandro Furtado — Redação da Jovem Pan News Manaus