O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) criou uma decoração natalina produzida a partir de resíduos de bambu provenientes de pesquisas científicas. A iniciativa integra o projeto Natal com Bambu, coordenado pela arquiteta e pesquisadora Marilene Sá Ribeiro, que desenvolve estudos em habitação de baixo impacto ambiental, arquitetura sustentável e uso tecnológico do bambu amazônico.
Os arranjos são feitos com refugos de bambu que não seriam mais utilizados em experimentos ou estudos estruturais. O material reaproveitado reforça os princípios da economia circular e da sustentabilidade, segundo a pesquisadora. No Brasil, existem cerca de 250 espécies nativas de bambu, e os grupos de pesquisa do Inpa trabalham com Bambusa vulgaris Vittata, Dendrocalamus asper e Guadua angustifolia.
De acordo com a pesquisadora Marilene Sá Ribeiro, no mundo são conhecidas mais de 1.250 espécies de bambu e no Brasil existem cerca de 250 espécies nativas, a maioria na Amazônia e na Mata Atlântica. Conforme a pesquisadora, o “Natal com Bambu” surge como uma ação de divulgação científica criativa, que extrapola os muros do laboratório, mesmo que em pequena escala e para fins de demonstração.
A nossa iniciativa aponta que esses objetos têm potencial de comercialização, design sustentável e soluções de infraestrutura, mostrando que ciência, estética e consciência ambiental podem caminhar juntas, inspirando novos modelos de consumo, produção e relação com os recursos naturais”, destacou.
O bambu é reconhecido como planta de rápido crescimento, podendo ser colhido em cerca de quatro anos, e se regenera naturalmente, eliminando a necessidade de replantio e reduzindo impactos ambientais. Estudos do Inpa mostram que a planta possui propriedades mecânicas adequadas para a construção civil, permitindo uso em pisos, paredes, forros, vigas e pilares.
O Natal com Bambu busca divulgar ciência de forma criativa, mostrando potencial de comercialização e design sustentável, ao mesmo tempo em que aproxima estética, consciência ambiental e pesquisa científica.
Com informações da Assessoria
Foto: Foto: Kaylane Golvin/ Ascom Inpa
Por Ismael Oliveira – Redação Jovem Pan News Manaus
