O Aeroporto Internacional Júlio Cezar Ribeiro (Val-de-Cans), em Belém (PA), deve receber mais de 40 mil viajantes durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. O terminal, que movimentou cerca de 4 milhões de passageiros em 2024, passou por obras de ampliação e modernização para atender o aumento do fluxo e melhorar a operação aeroportuária.
Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o aeroporto é o mais movimentado da Região Norte em número de passageiros e voos domésticos regulares. Com a COP 30, a expectativa é de que o volume de embarques e desembarques supere os registros anteriores, consolidando o papel estratégico do terminal para a logística e conectividade regional.
As melhorias foram executadas pela concessionária Norte da Amazônia Airports (NOA) e pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor). O investimento total foi de aproximadamente R$ 450 milhões na antecipação da fase 1B das obras de requalificação, que incluem intervenções no saguão, área de embarque, pistas de pouso e decolagem, taxiways e pátio de aeronaves.
O terminal ampliou a capacidade da área de embarque de 1.593 m² para 4.303 m², reforçou o sistema de climatização, modernizou a iluminação com tecnologia LED e expandiu os espaços de serviços comerciais. Após a conclusão, a capacidade operacional anual deve alcançar 13 milhões de passageiros — quase o dobro do volume atual.
Mais de 1.500 empregos diretos e indiretos foram gerados durante as obras.
Conectividade regional e infraestrutura
A posição geográfica de Belém torna o aeroporto um hub natural de redistribuição aérea, com conexões para cidades como Santarém (PA), Macapá (AP), Boa Vista (RR) e Manaus (AM), além de voos nacionais e internacionais para destinos como Lisboa, Miami e Fort Lauderdale.
O terminal é um dos poucos da Região Norte com operação 24 horas e infraestrutura de pista apta a receber aeronaves de médio e grande porte, como Boeing 737-800 e Airbus A320.
As obras, realizadas sob supervisão do MPor, visam não apenas atender à demanda gerada pela COP 30, mas também fortalecer o papel do aeroporto na integração logística e econômica da Amazônia, deixando uma infraestrutura permanente para os próximos anos.
Com informações do Ministério de Portos e Aeroportos*
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus



