Na abertura do Hub Amazônia na COP30, nesta segunda (10/11), em Belém (PA), o governador Wilson Lima destacou que a agenda climática global precisa converter discurso em resultado direto para quem vive na floresta. Segundo ele, a proteção da biodiversidade só será efetiva se o aporte financeiro internacional chegar ao ribeirinho, ao extrativista, ao agricultor e ao morador da Amazônia profunda.
“Se a COP não couber na Amazônia, ela precisa ser repensada. O investimento precisa chegar a quem protege a floresta”, afirmou.
Durante a conferência, o Amazonas apresentou seis entregas estruturantes, que colocam o estado como referência em economia de baixo carbono, pesquisa científica aplicada e transição energética. Entre elas:
- 1) Primeiro contrato REDD+ em UC no Brasil
Parque Estadual do Sucunduri (Apuí) — potencial estimado de R$ 590 milhões em 30 anos. - 2) Plano Estadual de Bioeconomia
Construído com participação dos 62 municípios — foco em sociobiodiversidade, agregação de valor e baixa emissão. - 3) Política Estadual de Transição Energética (Peten)
Meta: reduzir 50% do diesel em sistemas isolados até 2030 e eliminar a pobreza energética no mesmo prazo. - 4) Programa Amazonas ECOLar
Habitação sustentável com casas produzidas com plástico reciclado — R$ 6,9 milhões, unidade de reciclagem em Manaus, 60 toneladas/mês. - 5) Inventário de Emissões Atmosféricas do Estado
Mapeamento de CO₂, CH₄, N₂O para orientar metas de mitigação. - 6) Portfólios Fapeam COP30
R$ 900 milhões em CT&I (2019–2025), mais de 20 mil pesquisas apoiadas — 108 estudos específicos ligados a clima, biodiversidade, bioeconomia e inovação social.
O Hub Amazônia é coordenado pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL) e abriu a participação conjunta dos nove estados da Amazônia na COP30.
Com informações da assessoria*
Por Tatiana Sobreira, da redação da Jovem Pan News Manaus






