O Amazonas se tornou o primeiro estado do Brasil com 100% da iluminação pública modernizada com tecnologia LED. A conquista foi alcançada por meio do Programa Ilumina+ Amazonas, coordenado pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb).
Com o avanço, todos os 61 municípios do interior foram contemplados com a substituição das antigas lâmpadas de vapor de sódio e mercúrio, mais poluentes, por luminárias de LED, que consomem menos energia e têm maior durabilidade.
De acordo com estimativas oficiais, a adoção da nova tecnologia permitirá reduzir cerca de 100 mil toneladas de dióxido de carbono (CO₂) nos próximos dez anos — o equivalente ao plantio de 276 mil árvores ou à preservação de uma floresta do tamanho de 967 campos de futebol.
Meta climática e impacto social
O programa, que também alcançou comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas, muitas delas recebendo pela primeira vez iluminação pública, reforça o compromisso do estado com as metas de eficiência energética e descarbonização.
Cada poste trocado é menos carbono na atmosfera, mais segurança nas ruas e mais qualidade de vida”, afirmou o governador Wilson Lima.
Além do impacto ambiental, a nova iluminação traz benefícios sociais e econômicos. O consumo de energia foi reduzido, os custos públicos de manutenção caíram, e o uso de metais pesados — como o mercúrio — foi totalmente eliminado.
Nas cidades do interior, a iluminação de LED ampliou a segurança noturna e permitiu a expansão do comércio e das atividades culturais. Em comunidades ribeirinhas e aldeias, possibilitou a realização de eventos e oficinas noturnas com luz estável e sustentável.
Transição energética e inovação amazônica
O secretário da Sedurb e coordenador da UGPE, Marcellus Campêlo, destacou que o projeto representa um dos maiores movimentos de transição energética do país, com resultados mensuráveis e permanentes.
Transformamos uma ação de infraestrutura em um legado ambiental. É uma transição energética justa: menos consumo, menos emissão e mais qualidade de vida para quem mais precisa”, afirmou Campêlo.
Ele acrescentou que a substituição das antigas lâmpadas por LED contribui diretamente para as metas climáticas nacionais, especialmente em regiões abastecidas por termelétricas movidas a combustíveis fósseis.
No Amazonas, onde grande parte da energia ainda é produzida por termelétricas, o menor consumo se traduz em redução imediata das emissões de gases de efeito estufa”, completou.
Os resultados foram calculados com base na metodologia do Programa Carbono Neutro, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), e demonstram ganhos expressivos em sustentabilidade e eficiência energética.
O vice-presidente do União Brasil, Sérgio Litaiff, destacou que o projeto simboliza a união entre desenvolvimento e preservação ambiental.
Essa iniciativa demonstra que é possível unir desenvolvimento, sustentabilidade e cuidado com as pessoas. O Amazonas mostra que a inovação pode gerar benefícios concretos para o meio ambiente e para a vida das comunidades”, afirmou.
Marco climático às vésperas da COP30
A conclusão do programa ocorre a menos de um mês da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que será realizada entre 10 e 21 de novembro em Belém (PA).
O Amazonas chega ao evento com resultados concretos de descarbonização e eficiência energética, implementados em um território de dimensões continentais — um exemplo prático de que políticas públicas sustentáveis podem transformar realidades locais e gerar impactos globais.
Com informações Assessorias de Comunicação
Por Karoline Marques, da redação da Jovem Pan News Manaus