Amazonas registra 5 mil casos de síndrome respiratória grave em 2025

Levantamento aponta maior impacto em crianças e reforça alerta para prevenção durante o período chuvoso

O Amazonas contabilizou 5.280 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre 1º de janeiro e 13 de dezembro de 2025. Do total, 1.932 casos tiveram confirmação laboratorial para vírus respiratórios, resultando em 71 óbitos associados. Os dados fazem parte do mais recente Informe Epidemiológico de Vírus Respiratórios, divulgado nesta segunda-feira (15).

As síndromes respiratórias graves são caracterizadas por quadros que evoluem com dificuldade respiratória e necessidade de internação, afetando principalmente crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades. No Amazonas, o cenário é agravado durante o período de chuvas, quando a circulação viral tende a aumentar e a população permanece mais tempo em ambientes fechados.

Entre os óbitos registrados em 2025, 30 foram atribuídos à Covid-19, 24 à Influenza A, 9 ao rinovírus, 3 ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), 3 à Influenza B, além de um óbito por adenovírus e um por parainfluenza.

Nas últimas três semanas analisadas, entre 23 de novembro e 13 de dezembro, os dados mostram que as crianças concentraram a maior parte das ocorrências. Bebês com menos de 1 ano representaram 49% dos casos, seguidos por crianças de 1 a 4 anos (26%) e de 5 a 9 anos (7%). As demais faixas etárias somaram 9% entre 10 e 19 anos, 4% de 20 a 39 anos e 3% entre 40 e 59 anos.

As análises laboratoriais realizadas no estado indicam que o rinovírus foi o agente mais identificado nas amostras recentes, responsável por 54,5% dos casos positivos, seguido pelo Vírus Sincicial Respiratório (30,6%), adenovírus (18,4%) e Influenza A (7,9%). O cenário evidencia a circulação simultânea de diferentes vírus respiratórios no estado.

Prevenção e cuidados

Diante do aumento de casos, as autoridades de saúde reforçam a importância de medidas preventivas simples, como a higienização frequente das mãos, a etiqueta respiratória, com cobertura da boca e do nariz ao tossir ou espirrar, e o uso de máscara por pessoas com sintomas respiratórios.

Também é recomendada atenção redobrada com crianças menores de seis meses, evitando a exposição a locais com grande circulação de pessoas. A vacinação contra Covid-19 e Influenza, disponível gratuitamente no Amazonas para o público elegível, segue sendo apontada como uma das principais estratégias para reduzir internações e óbitos relacionados às síndromes respiratórias.

O informe epidemiológico completo pode ser consultado nos canais oficiais de vigilância em saúde do estado.

 

 

 

Com Informações da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas

Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus