A Black Friday voltou a registrar aumento de reclamações relacionadas a entregas e divergências comerciais, segundo balanço preliminar divulgado pelo Reclame AQUI. O levantamento considera os registros feitos pelos consumidores na quartas-feira (26) e quinta-feira (27).
De acordo com a plataforma, problemas na entrega foram responsáveis por 25,29% de todas as reclamações analisadas no período. As ocorrências incluem promessas de “entrega em 2 horas”, “entrega no mesmo dia” ou serviços classificados como “frete express”, que não teriam sido cumpridos.
Em seguida, aparece o item “produto não recebido”, que representa 12,62% das queixas. Segundo o monitoramento, muitos consumidores acreditam enfrentar apenas atraso, mas constatam posteriormente que o produto não foi expedido ou sequer existia no estoque.
A terceira categoria mais registrada é “propaganda enganosa”, com 9,33% das ocorrências. A plataforma aponta que parte das ofertas anunciadas é modificada no momento da finalização da compra, o que gera divergência entre o valor apresentado e o valor cobrado.
O Reclame AQUI também identificou relatos sobre descontos condicionados a regras pouco visíveis ao consumidor, com limitações de uso, restrições geográficas ou exigência de formas específicas de pagamento. Segundo a plataforma, esses detalhes passam despercebidos diante do ritmo acelerado das compras.
Aquecimento do mercado
O monitoramento mostra mudança no comportamento do consumidor desde agosto. A parcela indecisa caiu de 76% para 36%. Atualmente, 31% afirmam que vão comprar na Black Friday, enquanto 33% dizem não ter intenção de participar. Entre os compradores potenciais, 69% condicionam a decisão a preços e promoções.
O preço segue como o principal fator de decisão, mencionado por 63% dos entrevistados. No entanto, outros critérios passaram a influenciar o processo de compra, como valor do frete (29%), avaliações de outros consumidores (27%), reputação das marcas (23%), condições de pagamento (16%) e segurança contra golpes (17%).
A pesquisa também aponta preocupação crescente com golpes envolvendo inteligência artificial. Para 76% dos consumidores, a tecnologia aumenta a sensação de risco. Além disso, 63% afirmam não saber identificar golpes produzidos por IA, e 56% dizem conhecer alguém que já foi vítima.
Recomendações
Segundo o Reclame AQUI, consumidores podem reduzir riscos ao verificar o prazo de entrega antes da confirmação da compra e pesquisar a reputação da empresa. A plataforma também orienta que os usuários registrem prints do carrinho e revisem o pagamento final para evitar divergências.
Com informações da Agência Brasil*
Por Haliandro Furtado — Redação da Jovem Pan News Manaus
