Boletim da cheia no Amazonas indica mais de 139 mil famílias afetadas

Defesa Civil reforça apoio humanitário e monitoramento das calhas dos rios

O Governo do Amazonas, por meio do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, divulgou nesta sexta-feira (07/11) um novo boletim com dados atualizados sobre a cheia dos rios no estado. De acordo com o levantamento, 139.976 famílias foram afetadas, o que corresponde a cerca de 559 mil pessoas impactadas diretamente.

Atualmente, as nove calhas de rios do Amazonas já se encontram em processo de vazante. Segundo decretos municipais, dos 62 municípios amazonenses, 44 estão em Situação de Emergência, 17 em Alerta e um em Atenção.


Assistência humanitária

Como parte das ações emergenciais, o governo estadual enviou 1.076 toneladas de cestas básicas, 4.150 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável fornecidos pela Cosama, além de 10 kits purificadores do programa Água Boa e uma Estação de Tratamento Móvel (Etam).

Os materiais foram encaminhados para os municípios de Alvarães, Amaturá, Anori, Apuí, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Beruri, Boca do Acre, Borba, Carauari, Careiro da Várzea, Coari, Fonte Boa, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Juruá, Jutaí, Manicoré, Maraã, Nova Olinda do Norte, Novo Aripuanã, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Anamã, São Paulo de Olivença, Tonantins e Uarini.


 Ações na área da saúde

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) enviou 72 kits de medicamentos para os municípios de Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã, beneficiando mais de 35 mil moradores.

Em Manicoré, a SES-AM entregou uma nova usina de oxigênio com capacidade de 30 m³ por hora, substituindo o equipamento anterior, que produzia 12 m³ por hora. Já em Apuí, foram encaminhados seis cilindros de oxigênio como reserva de segurança, além de medicamentos e insumos hospitalares para reforçar o atendimento à população.


Operação Cheia 2025

Lançada em 16 de abril, a Operação Cheia 2025 foi iniciada com o envio de ajuda humanitária aos municípios da calha do rio Madeira, começando por Humaitá, Manicoré e Apuí, as primeiras cidades a decretarem Situação de Emergência em decorrência da cheia.

A operação é coordenada pela Defesa Civil do Estado, em parceria com secretarias e órgãos do governo, e tem como foco a logística de transporte de mantimentos, água potável e assistência técnica às famílias atingidas.


Monitoramento permanente

O Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil realiza o acompanhamento contínuo dos níveis dos rios, analisando os dados hidrológicos e climáticos ao longo do ano. O órgão reforça que, mesmo com a vazante em andamento, as ações de suporte e prevenção continuam sendo executadas para mitigar riscos e preparar as comunidades para os efeitos do período de estiagem.


Com informações da Assessoria de Comunicação

Por Karoline Marques, da redação da Jovem Pan News Manaus