Brasil cai diante da Alemanha e dá adeus ao sonho do bicampeonato no Mundial de Handebol

A campanha da seleção brasileira feminina de handebol no Mundial chegou ao fim nesta terça-feira (9), após a derrota por 30 a 23 para a Alemanha, anfitriã da competição, na Arena Westfalenhalle, em Dortmund. Com o resultado, o Brasil encerra sua participação entre as oito melhores equipes do torneio.

A equipe Amarelinha, que havia avançado com 100% de aproveitamento na primeira fase — triunfos sobre Cuba, República Tcheca e Suécia — e somado duas vitórias e uma derrota na etapa seguinte (Coreia do Sul, Angola e Noruega), viu o sonho do bicampeonato ser adiado mais uma vez. O único título mundial da seleção feminina foi conquistado há 12 anos, na Sérvia.

A classificação alemã às semifinais também marcou um feito histórico para as anfitriãs, que não alcançavam essa fase desde 2007. Antje Döll foi o grande destaque da equipe, anotando seis gols. Agora, a Alemanha aguarda o encerramento das partidas desta quarta-feira (10) para descobrir quem enfrentará na próxima etapa, que será disputada em Roterdã, na Holanda, coanfitriã do torneio.

O confronto das quartas de final começou favorável às anfitriãs, que, embaladas pelos 10.522 torcedores presentes, construíram uma vantagem significativa de 17 a 11 antes do intervalo. Na etapa complementar, o Brasil reagiu, reduzindo a diferença para 25 a 22 quando restavam 11 minutos para o fim. No entanto, sob pressão, as alemãs retomaram o ritmo acelerado no ataque e contaram com grandes defesas da goleira Filter, garantindo a vaga na semifinal.

Após a partida, Bruna de Paula, maior pontuadora brasileira com seis gols, reconheceu o esforço da equipe e o mérito das adversárias. “Não jogamos tão mal, mas não foi o suficiente para hoje. Estou orgulhosa da nossa equipe, mas a Alemanha jogou melhor. A gente acreditou até o fim. Nos aproximamos no placar e acreditamos que seria possível, mas elas também não desistiram”.

Mesmo com a eliminação, o desempenho no Mundial repete o top 8 obtido nos Jogos Olímpicos de Paris, mostrando a consistência da atual geração das Leoas.

Por Victoria Medeiros, da Redação da Jovem Pan News Manaus

Foto:  Anze Malovrh / kolektiff / Olympics