Brasil e Moçambique assinaram nesta segunda-feira (24) nove atos de cooperação para fortalecer setores como saúde, educação, diplomacia, promoção comercial, aviação civil, assistência jurídica e agroflorestal em Moçambique. Os acordos foram firmados durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Maputo, capital moçambicana.
A viagem faz parte das comemorações dos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Lula destacou a importância de recuperar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar empresas brasileiras no exterior, beneficiando Moçambique e outras nações parceiras.
Antes da assinatura dos acordos, Lula afirmou: “Moçambique é um país em desenvolvimento, que ainda possui lacunas de infraestrutura a suprir. Seu crescimento depende de portos, estradas, usinas e linhas de transmissão. O Brasil tem empresas dinâmicas, com condições de contribuir”, disse o presidente, em declaração à imprensa ao lado do presidente moçambicano Daniel Chapo.
O reforço da cooperação brasileira com Moçambique inclui:
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Fortalecimento do complexo industrial da saúde para permitir produção local de fármacos;
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Oferta, em 2026, de até 80 vagas para cursos de ciências agrárias e 400 vagas para técnicas em agropecuária, com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa);
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Parcerias em segurança alimentar, preservação de florestas, transição energética e combate ao crime organizado;
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Compartilhamento da expertise da Polícia Federal brasileira para combater lavagem de dinheiro e redes criminosas.
O comércio entre os países alcançou US$ 40,5 milhões em 2024, com exportações brasileiras de US$ 37,8 milhões e importações de US$ 2,7 milhões. Os principais produtos exportados são carnes de aves, produtos de perfumaria e móveis. O principal produto importado é tabaco.
Lula também destacou que o Brasil vai trabalhar para incluir Moçambique na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, visando acelerar projetos de segurança alimentar.
Antes da sonora, é importante esclarecer que o presidente enfatizou a retomada da prioridade da política externa brasileira voltada para África, com visitas e iniciativas de cooperação.
“O Brasil se perdeu por caminhos sombrios e, nesse processo, se esqueceu dos laços com a África. Muitas sementes não tiveram tempo de vingar, mas é hora de recobrar essa consciência,” disse Lula.
Com informações da Agência Brasil*
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus
