Cerca de 15,8 milhões de chilenos estão aptos a votar neste domingo (14) no segundo turno da eleição presidencial que definirá o sucessor de Gabriel Boric. O pleito ocorre em um contexto de voto obrigatório, novidade neste ciclo eleitoral, após a abstenção ter alcançado 53% na disputa realizada há quatro anos.
A disputa coloca frente a frente a ex-ministra do Trabalho Jeannette Jara, de 51 anos, representante do Partido Comunista e da coalizão governista, e o ex-deputado José Kast, de 59 anos, do Partido Republicano, identificado com a ultradireita chilena. Pela legislação do país, o presidente não pode se reeleger.
No primeiro turno, Jeannette Jara terminou à frente, com 3.476.554 votos, o equivalente a 26,85% do total. José Kast ficou em segundo lugar, somando 3.097.685 votos (23,92%). Esta é a terceira vez que Kast concorre à Presidência; em 2021, ele foi derrotado por Boric no segundo turno.
As campanhas foram encerradas oficialmente na sexta-feira (12). Durante o período eleitoral, os candidatos apresentaram propostas distintas. Kast defendeu o endurecimento das políticas migratórias e o fortalecimento das ações de segurança pública, com foco em lei e ordem. Já Jara destacou a ampliação de reformas sociais, o combate ao crime e a busca por diálogo com eleitores indecisos.
Pesquisas divulgadas por institutos locais e repercutidas por agências internacionais indicaram vantagem para José Kast na reta final da campanha, aumentando a expectativa em torno do resultado.
O presidente eleito assumirá o comando de um país estratégico na América do Sul, maior produtor mundial de cobre e segundo maior de lítio, em um momento de desafios econômicos e sociais. O resultado do pleito também será observado de perto por governos da região, diante dos impactos políticos e econômicos que podem decorrer da mudança de comando em Santiago.
Com informações de agências internacionais parceiras da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)*
Por Victoria Medeiros, da Redação da Jovem Pan News Manaus
Foto: Elvis González/EFE)
