O deputado Comandante Dan (Podemos), presidente da Comissão de Segurança Pública, Acesso à Justiça e Defesa Social da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), comentou, nesta quinta-feira (30), os episódios de desordem social ocorridos na noite de quarta-feira (29) no bairro da Compensa, Zona Oeste de Manaus. Segundo ele, as ações das facções criminosas representam um desafio à ordem democrática e ao poder constituído.
As forças de segurança enfrentaram manifestações violentas na Compensa, supostamente em retaliação à morte de membros do Comando Vermelho (CV) do Amazonas durante operação policial no Rio de Janeiro. Comandante Dan classificou o episódio como grave, mas previsível, citando indícios da atuação das organizações criminosas em diversas áreas do Estado.
O parlamentar repercutiu o estudo “A Amazônia sob ataque – mapeando o crime na maior floresta tropical do mundo”, publicado pela Amazon Underworld em 21 de outubro. O documento aponta Manaus como epicentro do narcotráfico na região Norte, conectando a produção de drogas da Colômbia, Peru e Bolívia aos mercados internacionais, com a calha do Solimões funcionando como hidrovia de entrada das drogas no país.
Comandante Dan defendeu que o Amazonas concentre esforços em soluções próprias para conter o avanço das facções, destacando a importância do controle das fronteiras internacionais e das divisas com outros estados brasileiros. Segundo ele, ações localizadas em áreas pobres da cidade não seriam suficientes, pois os líderes das facções atuam em condomínios de alto padrão.
Desde 2023, o deputado tem proposto medidas emergenciais aos governos federal e estadual para reforço da segurança na faixa de fronteira, inclusive em reuniões com ministros da Justiça e Segurança Pública.
O parlamentar lembrou ainda que, em agosto deste ano, a facção CV realizou uma queima de fogos em Manaus em comemoração à tomada do comando criminal da comunidade Nossa Senhora de Fátima, Zona Norte, distribuindo cestas básicas aos moradores.
Comandante Dan enfatizou que as ações de monitoramento e repressão devem ser acompanhadas de políticas de defesa social, garantindo educação, saúde, infraestrutura e geração de emprego, evitando que programas de ocupação territorial falhem, como ocorreu no Rio de Janeiro durante a intervenção e a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Com informações da Assessoria.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.