Comunidades indígenas do Médio Solimões passam a contar com um reforço nas ações de saúde, saneamento e cuidado ambiental. Um acordo de cooperação técnica foi firmado em Tefé entre o Distrito Sanitário Especial Indígena do Médio Rio Solimões e Afluentes (DSEI-MRSA) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, com validade de quatro anos.
A parceria deve beneficiar cerca de 23 mil indígenas que vivem em 219 aldeias da região. A proposta é integrar esforços para desenvolver pesquisas, capacitações e projetos voltados às necessidades locais, aproximando o atendimento de saúde da realidade das comunidades.
Segundo o diretor do Instituto Mamirauá, João Valsecchi, o acordo formaliza uma atuação que já vinha sendo construída ao longo dos anos.
“As ações entre o DSEI e o Instituto Mamirauá sempre foram no âmbito de projetos e, agora, com esse termo, a parceria passa a ser institucional. A expectativa é que o conhecimento técnico-científico contribua diretamente para melhorar a saúde e a qualidade de vida das comunidades da região”, afirmou.
Com atuação reconhecida no interior do Amazonas, o Instituto Mamirauá vai contribuir com apoio técnico e científico em áreas como saneamento básico, vigilância de doenças, educação em saúde, manejo ambiental e enfrentamento aos impactos das mudanças climáticas. Também estão previstas ações de apoio às parteiras tradicionais, iniciativas voltadas à saúde mental indígena, protagonismo juvenil e projetos de prevenção e diagnóstico precoce de doenças.
Para a coordenadora do DSEI-MRSA, Ércília Vieira, indígena da etnia Tikuna, a assinatura do acordo amplia as possibilidades de atuação nas aldeias.
“Esse termo formaliza várias frentes de pesquisa e atuação. Muitas situações ainda são desconhecidas e precisam ser estudadas. Isso vai permitir ampliar nosso trabalho e contribuir de forma mais efetiva com a saúde dos povos indígenas”, destacou.
O acordo não prevê repasse de recursos financeiros entre as instituições. Cada órgão será responsável pelos próprios custos, seguindo um plano de trabalho conjunto que inclui compartilhamento de equipes, informações técnicas e produção de materiais educativos. O termo também estabelece regras sobre confidencialidade, proteção de dados e acompanhamento dos resultados.
Com Informações do Instituto Mamirauá
Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus





