O consumo de carne suína no Brasil deve aumentar no período de festas de fim de ano, impulsionado pela demanda típica do Natal e do Réveillon. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e do IBGE indicam que o consumo per capita deve permanecer próximo de 19,5 quilos por habitante, patamar registrado em 2024.
Segundo o setor, o desempenho reflete fatores como maior renda disponível das famílias e mudanças no padrão de consumo, com a carne suína sendo incorporada com mais frequência às refeições.
De acordo com Gabriel Villela Dessimoni, doutor em nutrição e produção animal e nutricionista da Quimtia Brasil, o fim de ano concentra uma parcela relevante das vendas, especialmente de cortes tradicionais.
“A sazonalidade positiva típica do fim de ano reforça o consumo da proteína suína, com produtos que já fazem parte das ceias e representam parcela significativa das vendas do setor”, afirmou.
Segundo o especialista, produtores e indústrias ajustaram o planejamento ao longo do ano para atender à demanda maior neste período, com adequações no manejo reprodutivo e no ritmo de abates, garantindo o abastecimento de cortes como pernil, lombo e leitão.
Além do impacto imediato das festas, o setor avalia o período como estratégico para ampliar o consumo ao longo do ano. A expectativa é que a experimentação de novos cortes e preparações durante as celebrações se reflita em hábitos mais frequentes nos meses seguintes.
“A tendência é que o consumo durante as festas ajude a inserir a carne suína de forma mais regular no cardápio das famílias ao longo de 2026”, disse Dessimoni.
Embora o frango continue sendo a proteína mais consumida no país, com cerca de 45 quilos por habitante ao ano, a carne suína tem ampliado sua participação no mercado interno. O movimento é associado ao preço em relação a outras proteínas e a ações do setor voltadas à informação sobre características nutricionais e formas de preparo.
Segundo representantes da cadeia produtiva, campanhas de comunicação e educação alimentar têm buscado esclarecer dúvidas históricas sobre o consumo da carne suína.
“A proteína suína pode ser utilizada em diferentes preparações e ocasiões, o que amplia sua presença no dia a dia”, explicou o especialista.
Para 2026, a projeção do setor é de continuidade do crescimento do consumo interno, em paralelo ao desempenho das exportações. O desafio apontado por analistas é manter a competitividade e ampliar o acesso a cortes variados, fortalecendo o consumo não apenas em datas comemorativas, mas também nas refeições cotidianas.
Com informações do Portal do Agronegócio*
Por Haliandro Furtado — Redação da Jovem Pan News Manaus






