Dormir bem é essencial para a saúde física e mental, mas para muitos brasileiros, o descanso noturno é um desafio. De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), cerca de 34% da população sofre com insônia. Esse cenário tem levado cada vez mais pessoas à automedicação: um levantamento da Timelens revelou que, nos últimos cinco anos, as buscas na internet por “remédios para dormir sem receita” aumentaram 1.450%.
O psiquiatra Luiz Henrique, professor de pós-graduação da Afya Educação Médica, explica que esses medicamentos atuam nos neurotransmissores responsáveis pelo ciclo sono-vigília.
“Eles bloqueiam a ação da histamina, que estimula o cérebro, e aumentam a atividade do Gaba, neurotransmissor que reduz a atividade cerebral, provocando o sono”, detalha o especialista.
Apesar do efeito imediato, o uso prolongado pode trazer consequências sérias. “Os riscos incluem dependência química, prejuízo de memória, dificuldade de concentração, alterações de humor e até piora do próprio sono”, alerta Luiz Henrique.
Nem mesmo os produtos considerados “naturais” são totalmente inofensivos. Segundo o psiquiatra, fitoterápicos como Passiflora incarnata e Valeriana officinalis possuem ação calmante leve, mas não tratam insônias graves ou associadas a transtornos emocionais.
Como alternativa segura, o médico recomenda ajustes simples na rotina: manter horários regulares para dormir e acordar, evitar o uso de telas e consumo de cafeína à noite, reduzir a iluminação do ambiente e adotar atividades relaxantes, como leitura ou música tranquila.
“Se o problema persistir, é fundamental buscar ajuda médica. O tratamento correto pode envolver medicação, mas sempre com acompanhamento profissional”, conclui o especialista.
Com informações da Assessoria.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.






