A região Norte concentra alguns dos índices mais preocupantes. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Manaus registra cerca de 500 novos casos da doença por ano. Além disso, apenas 33% dos homens nortistas sabem o que é hiperplasia benigna da próstata (HBP) — condição comum que pode atingir até metade dos homens a partir dos 50 anos.
Para o oncologista Dr. Washington Júnior, da Oncológica do Brasil, o problema não está na falta de acesso à informação, mas na persistência de mitos e tabus.
“Ainda existe o medo do exame, a ideia de que ele ameaça a masculinidade. Esse mito custa vidas. O toque retal é rápido, simples e, muitas vezes, decisivo para detectar o câncer no início. O verdadeiro ato de coragem é cuidar da própria saúde”, destaca o médico.
O levantamento da SBU também mostra que um em cada sete homens admite ter medo do exame de toque retal, e esse receio é mais comum entre os mais velhos. Outro dado que preocupa é que apenas 32% dos entrevistados dizem se preocupar muito com a própria saúde, reforçando a baixa adesão à cultura de prevenção.
Diagnóstico tardio aumenta os riscos
Dr. Washington alerta que aguardar o surgimento de sintomas pode ser fatal.
“Quando o câncer de próstata manifesta sinais clínicos, é provável que já esteja em estágio avançado. Por isso, o exame de PSA e o toque retal devem ser realizados a partir dos 50 anos, ou antes, no caso de histórico familiar”, reforça.
Avanços no tratamento
Apesar dos desafios, a medicina tem evoluído. Novas terapias incorporadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) oferecem resultados mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
“A medicina evoluiu. O preconceito é que ficou preso no passado”, conclui o especialista.
Com informações da Assessoria.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.



