Dezembro Laranja reforça prevenção ao câncer de pele e alerta para sinais da doença

O Dezembro Laranja, campanha nacional de combate ao câncer de pele, destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, representando três em cada dez casos de câncer diagnosticados no país. Apesar da alta incidência, quando identificado no início, chega a mais de 90% de chances de cura.

A gerente de Condições Crônicas da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Arquicely Azevedo, explica que o câncer de pele não melanoma — forma mais comum da doença — ocorre principalmente em pessoas acima dos 40 anos e tem como maior fator de risco a exposição excessiva e desprotegida ao sol. No Brasil, o clima tropical e a forte incidência solar durante todo o ano favorecem o aumento dos casos.

Segundo ela, medidas simples fazem diferença na prevenção, como uso diário de protetor solar, roupas adequadas, chapéus e a redução da exposição ao sol nos horários de maior intensidade.

Arquicely reforça ainda a importância do autocuidado e da observação de possíveis sinais de alerta: manchas ou lesões que coçam, descamam ou sangram; pintas que mudam de tamanho, forma, cor ou textura; e feridas que não cicatrizam após cerca de quatro semanas. Essas alterações geralmente aparecem em áreas expostas ao sol e evoluem lentamente.

Ao notar qualquer mudança suspeita, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação. Caso haja suspeita clínica, o paciente é encaminhado ao dermatologista, que confirma o diagnóstico, geralmente por meio de biópsia. Por se manifestar em regiões visíveis do corpo e evoluir de forma gradual, o câncer de pele não melanoma costuma ser detectado ainda no início, possibilitando tratamentos simples e altamente eficazes.

A detecção precoce é ainda mais crucial no melanoma, tipo mais agressivo da doença, embora menos frequente — ele representa cerca de 3% dos casos de câncer de pele no país.

Em Manaus, em 2023, dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) registraram 27 mortes por câncer de pele, sendo 21 por tipos não melanoma e seis por melanoma. Os óbitos integram o total de 2.079 mortes por neoplasias na capital naquele ano, reforçando a importância de ações contínuas de prevenção, diagnóstico precoce e conscientização.

Com informações da Assessoria.

Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.