Dólar fecha abaixo de R$ 5,30 pela primeira vez desde junho de 2024

Queda da moeda e alta da bolsa refletem otimismo após divulgação de inflação abaixo do esperado em outubro
Dólar fecha abaixo de R$ 5,30 e Ibovespa bate novo recorde após divulgação da inflação de outubro - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (11) cotado a R$ 5,273, com queda de 0,64% em relação ao dia anterior. É a primeira vez desde junho de 2024 que a moeda fecha abaixo de R$ 5,30. O movimento ocorreu após a divulgação da inflação oficial de outubro, que veio abaixo das projeções do mercado.

Durante o dia, o dólar chegou a R$ 5,26 na mínima, por volta do meio-dia. No acumulado de novembro, a moeda registra recuo de 1,99%, e no ano, a desvalorização chega a 14,68%. O euro comercial também caiu, fechando em R$ 6,108, o menor nível desde fevereiro de 2025.

Bolsa bate novo recorde e acumula 15 altas consecutivas

O índice Ibovespa, da B3, encerrou o pregão aos 158.749 pontos, com alta de 1,6%. Foi o 12º recorde consecutivo e a 15ª sessão seguida de valorização — a maior sequência diária desde o período entre dezembro de 1993 e janeiro de 1994.

O desempenho positivo foi impulsionado por fatores internos e externos. No cenário internacional, o avanço nas votações para evitar o shutdown do governo dos Estados Unidos ajudou a reduzir o valor do dólar globalmente.

Inflação e expectativa sobre a taxa de juros

No Brasil, a queda da moeda e o otimismo do mercado foram influenciados pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de apenas 0,09% em outubro — o menor resultado para o mês desde 1998.

A inflação abaixo do esperado elevou as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) possa antecipar o início do ciclo de redução da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano.

Segundo a ata divulgada nesta terça-feira, o Copom avalia que a inflação deve convergir para a meta com a manutenção dos juros por um período prolongado, mesmo após a aprovação da reforma do Imposto de Renda.

Taxas de juros mais baixas tendem a estimular a migração de recursos da renda fixa para a renda variável, o que contribui para a alta da bolsa de valores.

 

Com informações da Agência Brasil*

Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus