O valor dos novos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas caiu para menos da metade desde que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passou a exigir biometria facial para liberar o crédito. A medida, adotada em maio, foi uma resposta ao aumento de denúncias de fraudes e de contratos firmados sem o consentimento dos beneficiários.
Segundo o Banco Central, o volume de novas operações caiu de cerca de R$ 8,5 bilhões nos primeiros meses de 2025 para menos de R$ 4 bilhões após a mudança. Atualmente, 17 milhões de aposentados e pensionistas — o equivalente a 41% dos beneficiários do INSS — possuem esse tipo de empréstimo.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, afirma que o objetivo das novas exigências é reforçar a segurança e a transparência nas operações.
“O crédito consignado é seguro, mas precisamos ter certeza de que é o próprio segurado quem está contratando”, disse.
Além da biometria, o INSS suspendeu 15 instituições financeiras por irregularidades como cobranças indevidas, contratos não autorizados e dificuldades de cancelamento. Segundo Waller, o órgão estuda ainda implantar uma dupla verificação, em que o desconto só será efetivado após confirmação do titular via aplicativo Meu INSS ou conta gov.br.
O planejador financeiro Leonardo Gomes avalia que a medida reduz riscos de fraude, mas recomenda atenção ao consumidor.
“Mesmo com juros menores, o consignado compromete parte da renda. É essencial analisar o custo total e verificar se a parcela cabe no orçamento”, alerta.
Com as novas regras, o INSS tenta equilibrar acesso ao crédito e proteção ao beneficiário, buscando reduzir fraudes e dar mais confiança aos aposentados e pensionistas.
Com Informações da Assessoria
Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus



