O Teatro da Instalação, em Manaus, recebe no domingo (23/11), às 18h, a estreia do espetáculo “Aquelas que me habitam”, que aborda a ancestralidade feminina amazônica e propõe reflexão sobre a força e o apagamento das mulheres da região. A entrada é gratuita, e a produção conta com ações de acessibilidade, reforçando o compromisso com a inclusão.
O projeto é apoiado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, além do Governo Federal e do Conselho Estadual de Cultura. A iniciativa vai além da apresentação cênica, incluindo rodas de conversa, produção de texto sobre o processo criativo, e-book ilustrado e um observatório de criação, destinado a quatro alunos de dança e teatro da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a um jovem artista independente.
A criação do espetáculo é inspirada nas mulheres Ykamiabas, conhecidas por sua força e habilidades, que dialogam com a realidade das mulheres amazônicas contemporâneas. A artista proponente, Francis Baiardi, afirma:
“As mulheres Ykamiabas foram guerreiras e potentes. Elas me atravessam e inspiram as mulheres amazônicas de hoje, que continuam transformando a sociedade.”
Equipe e participantes
A direção de cena e preparação de voz e corpo está sob responsabilidade de Regina Maciel, que colabora para aprofundar a composição cênica de acordo com as mulheres representadas no espetáculo.
Ananda Guimarães, assistente de direção, destaca a experiência sensorial do processo:
“Como diretora com baixa visão, trabalho explorando audição, tato e outros sentidos. Essa metodologia valoriza o campo do invisível, dialogando com a ancestralidade que Francis busca resgatar.”
Na dramaturgia, Marilza Oliveira enfatiza a dimensão simbólica e política da obra:
“O projeto provoca reflexões sobre corpo, movimento e narrativa, celebrando especialmente mulheres indígenas e negras do Amazonas. É uma honra participar desse trabalho potente.”
A produção de texto e pesquisa poética é conduzida por Gorete Lima, que ressalta a conexão com a ancestralidade:
“As vozes e gestos das que vieram antes vivem em mim. A ancestralidade é raiz e asa: me prende à terra e me ensina a voar.”
O espetáculo “Aquelas que me habitam” representa uma homenagem às mulheres da Amazônia, valorizando sua força, memória e resistência, ao mesmo tempo em que abre espaço para o diálogo sobre inclusão, sensibilidade e reconhecimento da ancestralidade feminina na região.
Com informações da Assessoria.
Por Erike Ortteip, da redação da Jovem Pan News Manaus.






