A diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Tatyana Amorim, concedeu entrevista exclusiva nesta segunda-feira (13) ao programa Minuto a Minuto Amazonas, apresentado pelo jornalista Caubi Cerquinho, da Jovem Pan News Manaus (98.7 FM). Durante a conversa, Tatyana destacou os avanços alcançados pela Fundação em 2025, com redução dos casos de malária, dengue e zika, além do fortalecimento das ações de imunização e controle de endemias nos 62 municípios do estado.
Um dos pontos de maior destaque da entrevista foi o alerta sobre o risco de intoxicação por metanol, substância tóxica que tem causado preocupação em todo o país.
“Nós criamos uma nota informativa imediatamente e realizamos reuniões com os núcleos de vigilância hospitalar e os responsáveis pelos serviços de saúde. Até o momento, não há casos suspeitos no Amazonas, mas estamos com toda a rede preparada para diagnóstico e atendimento”, explicou.
De acordo com Tatyana, o Estado aguarda o envio do antídoto pelo Ministério da Saúde, mas a principal recomendação é a prevenção.
“Cuidado com a procedência da bebida alcoólica que você está consumindo. Não compre produtos de origem duvidosa ou com lacre violado”, alertou.
Ela também explicou os principais sintomas de intoxicação por metanol:
“Confusão mental, visão turva, dor de cabeça e mal-estar persistente por mais de seis horas após o consumo. Se isso ocorrer, procure imediatamente um serviço de saúde, que já está preparado para realizar o atendimento adequado”, ressaltou.
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Vigilância presente em todo o estado
Durante a entrevista, Tatyana Amorim destacou o compromisso da FVS-RCP em garantir a presença ativa da vigilância em todos os municípios do Amazonas.
“Nós atuamos em parceria com as secretarias municipais de saúde, com total capilaridade e integração. Consideramos as características regionais e logísticas de cada local, incluindo o transporte terrestre, fluvial e aéreo, para garantir o envio de vacinas, insumos e apoio técnico”, afirmou.
A gestora reforçou ainda que a Fundação mantém ações intersetoriais com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), a Associação Amazonense de Municípios (AAM) e a Defesa Civil, especialmente nas respostas à estiagem e às emergências ambientais.
Meta de eliminar a malária até 2035
A malária continua sendo um dos principais desafios de saúde pública no Amazonas, mas o estado tem avançado no controle da doença. Entre janeiro e maio de 2025, houve redução de 22% nos casos em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da FVS-RCP.
A diretora-presidente Tatyana Amorim reforçou o compromisso da Fundação em eliminar a malária até 2035, em alinhamento com o plano nacional.
“A FVS nasceu há 21 anos para enfrentar a malária, e nossa meta é eliminar a doença até 2035. Temos equipes capacitadas, diagnósticos rápidos e tratamento disponível em todo o estado. É importante que a população reconheça os sintomas e procure atendimento assim que surgirem sinais como febre e mal-estar”, destacou.
Entre as estratégias em andamento estão o uso da tafenoquina, que reduziu o tempo de tratamento da malária vivax de sete para três dias, e o reforço das ações de vigilância e prevenção nos municípios do interior.
Covid-19 segue sob monitoramento
A circulação da Covid-19 no Amazonas permanece em níveis estáveis e controlados, conforme dados mais recentes da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP), atualizados em 1º de outubro de 2025. Entre os dias 22 e 28 de setembro, o monitoramento registrou 114 novos casos e nenhum óbito, mantendo o total acumulado em 653.817 casos confirmados e 14.559 mortes desde o início da pandemia.
Atualmente, a maioria dos pacientes — 222 pessoas — está em isolamento domiciliar, e não há registros de internações em UTI por complicações da doença. A análise epidemiológica mostra que os casos recentes se concentram entre adultos de 30 a 49 anos, com sintomas mais comuns como tosse, febre e dor de garganta.
Embora a situação esteja sob controle, a FVS-RCP e o Ministério da Saúde reforçam a importância de manter a vacinação atualizada, principalmente entre grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. Segundo boletins nacionais, há pequenas elevações nos casos em alguns estados da Região Norte, incluindo o Amazonas, o que exige atenção e monitoramento constante.
Sobre o cenário atual, a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, informou que o vírus ainda circula, mas sem impacto expressivo nas internações ou nos óbitos.
“O monitoramento continua. Fazemos testagens diárias, e as pessoas já sabem os procedimentos. Felizmente, o cenário é estável, mas seguimos atentos”, pontuou.
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Por João Paulo Oliveira, da Redação da Joven Pan News Manaus