A queda no sistema da Cloudflare provocou instabilidade em parte da internet ainda na segunda-feira (17), com reflexos que permanecem nesta terça-feira (18), segundo relatos de usuários e plataformas. A falha atingiu sites e aplicativos que dependem do serviço para distribuição de conteúdo e proteção contra tráfego indevido.
A Cloudflare atua como proxy reverso e CDN, intermediando o tráfego entre usuários e servidores de origem. Quando ocorre uma falha nessa camada, o acesso a serviços interligados é interrompido, o que explica o impacto em cadeia registrado globalmente.
A interrupção afetou empresas que operam diretamente em nuvem e dependem de data centers para entregar conteúdo em tempo real. Amazon Web Services (AWS), Canva, X (antigo Twitter), ChatGPT, bancos de dados e sistemas corporativos estão entre os principais atingidos. Em alguns casos, plataformas abriram parcialmente, sem carregar conteúdo, enquanto outras ficaram totalmente indisponíveis.
Relatórios apontam lentidão, queda de servidores e falha no processamento de dados em ferramentas de design, redes sociais, sistemas de e-commerce e serviços essenciais que dependem de tráfego criptografado. Até o DownDetector, que monitora falhas, registrou instabilidade.
Função da Cloudflare e efeito cascata
A empresa protege e gerencia o tráfego de mais de 24 milhões de sites, filtrando ataques cibernéticos, distribuindo conteúdo e organizando solicitações de acesso. A estrutura funciona como ponto de passagem: antes de chegar a um site, a requisição passa pelos servidores da Cloudflare.
Com a falha, essa “porta de entrada” ficou comprometida, derrubando centenas de serviços simultaneamente. O problema atingiu países em diferentes continentes, segundo registros em plataformas de queixas.
Impacto em serviços essenciais e plataformas em nuvem
A interrupção gerou falhas em aplicações utilizadas por empresas, criadores de conteúdo, bancos de dados e ferramentas de produtividade. O efeito atingiu sistemas com alta dependência de conexões entre data centers, responsáveis pela entrega de conteúdo em escala.
Antes das declarações das empresas, técnicos e analistas relataram aumento na lentidão de sistemas baseados em cloud computing. Esse cenário foi observado em plataformas como AWS, Canva, X e soluções de CRM e ERP.
Contexto antes da sonora da AWS
A Amazon Web Services foi uma das empresas mais afetadas devido ao papel central que desempenha no funcionamento de sites e aplicativos globais. Os painéis de status da companhia registraram picos de instabilidade.
“Identificamos a causa raiz da interrupção na região afetada e estamos trabalhando diligentemente para restaurar o serviço completo. Nossas equipes de engenharia estão focadas em garantir a estabilidade e a integridade de todos os sistemas de armazenamento e conectividade. Pedimos desculpas pelo inconveniente e agradecemos a paciência de nossos clientes globais enquanto monitoramos a situação”, Disse a AWS.
A plataforma Canva relatou falhas no carregamento de projetos e dificuldades para salvar arquivos, afetando usuários que dependem de trabalho em nuvem.
“Estamos cientes dos problemas de acesso e desempenho que afetam nossos usuários. Isso está diretamente ligado a uma interrupção maior nos serviços de infraestrutura de nuvem que sustentam o nosso aplicativo. A funcionalidade está sendo gradualmente restaurada, e incentivamos os usuários a monitorar o nosso canal oficial para atualizações em tempo real”, destacou o Canva.
Causa da persistência da instabilidade
Mesmo após a recuperação parcial do sistema, usuários continuam relatando lentidão. De acordo com especialistas, dois fatores explicam a continuidade dos reflexos:
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Saturação de tráfego: sistemas tentam reconectar e sincronizar dados simultaneamente.
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Reconstrução de bancos de dados: verificação de integridade e sincronização prolonga a lentidão.
A Cloudflare informou, em seu painel oficial de status, que equipes de engenharia seguem avaliando a origem da falha e executando ajustes para estabilizar todo o sistema.
Com o avanço das correções, a empresa mantém atualizações em seus canais oficiais enquanto monitoramentos independentes registram queda gradual no número de queixas. A instabilidade ainda afeta quem trabalha com armazenamento em nuvem, edição de arquivos online e plataformas de grande tráfego, como Amazon, X e Canva.
Com informações da GZH*
Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus






