Fiocruz vai operar nova fábrica no RJ para ampliar produção de diagnósticos

Unidade cedida pela bioMérieux será operada pela Fiocruz por dez anos e deve iniciar produção em 2026
Instalações da nova planta da Fiocruz em Jacarepaguá, que produzirá kits diagnósticos para o SUS - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai ampliar sua capacidade de produção de insumos e kits diagnósticos para o Sistema Único de Saúde (SUS) com a incorporação de uma nova unidade industrial. A planta, localizada em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, pertence à empresa francesa bioMérieux e foi formalmente cedida à instituição nesta segunda-feira (10), por um período inicial de dez anos.

A transferência ocorre após decisão da bioMérieux de encerrar as atividades da fábrica no país, como parte da redefinição de seu modelo de negócio. A empresa, fornecedora da saúde pública brasileira desde a década de 1970, optou por ceder o espaço à Fiocruz, com quem mantém parceria de longa data. Em junho, as duas instituições já haviam assinado um memorando de entendimento voltado à cooperação em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica.

Operação começa em 2026

A Fiocruz deve iniciar as operações na planta em março de 2026, com a produção da linha de testes rápidos. O novo campus ficará vinculado ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), responsável pela pesquisa e produção de vacinas, kits de diagnóstico, biofármacos e terapias avançadas para o SUS.

A estrutura permitirá à instituição executar todas as etapas do processo produtivo — do corte ao processamento final e montagem dos testes — incluindo controle de qualidade, testes de estabilidade e a produção de painéis para avaliação externa.

Autonomia e resposta a emergências sanitárias

Com a nova unidade, a Fiocruz pretende reduzir o tempo de produção e aumentar a autonomia nacional em diagnósticos, fortalecendo a capacidade de resposta a emergências sanitárias.

De acordo com o presidente da fundação, Mario Moreira, a iniciativa representa “um passo estratégico para ampliar a capacidade nacional de produção e inovação em diagnósticos”, com o objetivo de garantir ferramentas mais precisas e sustentáveis para o SUS e acompanhar o avanço tecnológico da área.


Com informações da Agência Brasil*

Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus