Garimpo ilegal na Amazônia: PF desmonta estrutura criminosa em parque nacional

A Polícia Federal deflagrou, nesta semana, a Operação Murus Viridis, com o objetivo de combater o garimpo ilegal dentro do Parque Nacional dos Campos Amazônicos — uma unidade de conservação de proteção integral que se estende pelos estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. A ação contou com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Força Nacional de Segurança Pública.

Durante a operação, foram destruídos 16 barracões de garimpo e inutilizados diversos equipamentos utilizados na exploração ilegal de ouro, entre eles: seis escavadeiras hidráulicas, três caminhões, nove motores bomba, três motocicletas e seis caixas separadoras. Além disso, foram apreendidos cerca de oito mil litros de óleo diesel e uma antena de internet via satélite da Starlink, tecnologia que vem sendo amplamente utilizada para manter comunicação em áreas remotas da floresta.

Segundo a Polícia Federal, a ação teve como foco principal desestruturar a cadeia logística da atividade ilegal e proteger os ecossistemas do parque, onde qualquer tipo de exploração mineral é proibida por lei. O trabalho de desintrusão buscou impedir danos contínuos ao meio ambiente e também coletar provas que permitam aprofundar as investigações.

Além da destruição do maquinário, a PF realizou diligências para reunir elementos de inteligência que ajudarão a identificar os responsáveis pelo financiamento e comando das operações ilegais — com indícios de envolvimento de organizações criminosas.

A Murus Viridis integra uma estratégia mais ampla do governo federal de enfrentamento à criminalidade ambiental na Amazônia Legal. O objetivo é não apenas combater o garimpo em si, mas também enfraquecer as estruturas que sustentam financeiramente essa cadeia ilegal.

De acordo com a Polícia Federal, novas ações estão previstas para os próximos meses, dentro de um esforço contínuo de preservação ambiental e proteção às comunidades tradicionais da região.

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