A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou crescimento de 11,2% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo balanço da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O desempenho foi alcançado mesmo sob impacto do tarifaço de 50% aplicado pelo governo de Donald Trump sobre produtos brasileiros enviados aos Estados Unidos.
A receita líquida do setor atingiu R$ 27,2 bilhões no mês, alta de 2% frente a agosto. O avanço reflete o aumento de investimentos em bens de capital no País e a expansão das exportações para outros mercados, o que compensou parcialmente as perdas nos Estados Unidos.
As vendas para o mercado interno aumentaram 18,2% no comparativo anual. Já as exportações tiveram crescimento modesto de 1,8% em dólares, somando US$ 1,3 bilhão, mas recuaram 4,7% em reais devido à variação cambial.
Mesmo com a reação no exterior, as vendas aos EUA caíram 13,1% em setembro, e acumulam queda de 8,2% no ano. Desde janeiro do ano passado, a participação americana nas exportações da indústria caiu de 31% para 21%.
No acumulado de 2025, a receita do setor já soma R$ 227,7 bilhões, alta de 10,8% em relação aos nove primeiros meses de 2024. Nesse período, as vendas internas cresceram 13,4%, para R$ 173,1 bilhões, enquanto as exportações ficaram praticamente estáveis, em US$ 9,6 bilhões.
A utilização da capacidade instalada chegou a 79,1%, 2,4 pontos percentuais acima do observado um ano antes. O setor empregou 426 mil trabalhadores em setembro, o que representa a criação de 28,4 mil vagas em doze meses.
Outro dado que chama atenção é o avanço dos produtos importados no consumo nacional: 45% das máquinas adquiridas no País são estrangeiras. A China domina esse mercado, respondendo por 32% das importações, quase o dobro da participação registrada há uma década.
Com Informações do Site Investimentos e Notícias
Por João Paulo Oliveira, da redação da Jovem Pan News Manaus.



