INPA celebra 73 anos de ciência e soberania Amazônica

Durante viagem rumo à COP 30, diretor do INPA destaca a importância da ciência e da soberania brasileira na Amazônia
Henrique Pereira, diretor do INPA, fala a caminho de Belém, onde participa da COP 30, celebrando os 73 anos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Foto: YouTube / Jovem Pan News Manaus

 

No Programa Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistamos com exclusividade o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Henrique Pereira, nesta quarta-feira (5). A conversa foi realizada de forma remota, a bordo de um barco a caminho de Belém, onde ele representará o Instituto durante a COP 30. Durante a entrevista, Henrique falou sobre os 73 anos do INPA e sua importância para a ciência e a soberania amazônica.

O INPA completou 73 anos em 29 de outubro, consolidando-se como uma das maiores referências científicas do mundo sobre a floresta amazônica.

Henrique lembrou que a criação do INPA, em 1952, durante o governo de Getúlio Vargas, foi um marco de afirmação da soberania nacional sobre a Amazônia. Segundo ele, o Instituto nasceu como uma resposta do Brasil à proposta da UNESCO de criar um órgão internacional para estudar a região, o que poderia comprometer o controle brasileiro sobre o território amazônico.

“O INPA surgiu como uma afirmação da soberania científica brasileira. Para assegurarmos a posse sobre a Amazônia, a ciência é essencial. Não se protege aquilo que não se conhece”, destacou.

Com sede em Manaus e atuação em toda a Amazônia Legal, o INPA lidera a produção de conhecimento sobre a floresta tropical, mantendo cooperação científica com diversos países e instituições de ensino. O diretor destacou o papel do Instituto na formação de mais de 3.300 mestres e doutores e na condução de nove programas de pós-graduação, além da parceria com universidades como Ufam e UFPA, que juntas compõem o maior polo de ciência amazônica do mundo.

“O INPA é o instituto mais importante na área das ciências biológicas e florestais. Nossos pesquisadores estão em toda a Amazônia e em várias universidades do Brasil”, afirmou.

Durante a COP 30, o INPA participa das atividades oficiais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e também de ações em parceria com países como França, Reino Unido e Alemanha. Henrique Pereira ressaltou a importância da cooperação internacional, com destaque para o Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade da Amazônia, que há 30 anos impulsiona a diplomacia científica entre os dois países.

“Vamos apresentar na COP um balanço dessa cooperação, além de projetos como o AmazonFACE — o maior experimento em campo sobre mudança climática do mundo em floresta tropical”, explicou.

Ao completar mais de sete décadas, o INPA reafirma seu compromisso com a ciência, a sustentabilidade e a defesa da Amazônia, sendo, nas palavras de seu diretor, “um verdadeiro orgulho do Brasil e da Amazônia”.

 

Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus

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