Instituto Amazônia Viva fortalece comunidades ribeirinhas e atua pela preservação da floresta

O Instituto Amazônia Viva segue ampliando suas ações para fortalecer comunidades, gerar oportunidades e garantir a preservação da floresta amazônica
Thiago Santos, CEO do Instituto Amazônia Viva, durante ação de capacitação ribeirinha no interior do Amazonas Foto: Haliandro Furtado/Jovem Pan News Manaus

O Instituto Amazônia Viva tem desenvolvido ações de sustentabilidade e empoderamento comunitário em todos os 62 municípios do Amazonas. A iniciativa é liderada por Thiago Santos, terceiro sargento da reserva do Exército Brasileiro, especialista em fauna e flora amazônica e atual CEO da instituição. O trabalho busca integrar comunidades ribeirinhas e indígenas em ações de preservação, capacitação profissional e uso sustentável dos recursos naturais.

Durante entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan Manaus, Thiago explicou como o projeto nasceu da necessidade de valorizar quem vive na floresta e garantir meios sustentáveis de sobrevivência.

“O projeto Amazônia Viva nasceu com o objetivo de proteger nossas riquezas e empoderar o caboclo. O ribeirinho sem capacitação desmata, mas, com conhecimento e renda, ele preserva”, destacou.

Entre as principais iniciativas do Instituto estão os projetos Guardiões dos Rios e Turismo Sustentável na Amazônia. Eles unem educação ambiental, segurança náutica e geração de renda para moradores das comunidades. Antes de explicar como essas ações funcionam na prática, Thiago destacou a importância da capacitação e da autonomia local.

“Criamos o subprojeto Guardiões dos Rios para capacitar ribeirinhos em navegação segura e habilitação náutica. Também incentivamos o turismo como segunda renda, mostrando que é possível viver da floresta sem destruí-la”, explicou.

O Instituto também tem se destacado em ações de inclusão e acessibilidade, com foco em oportunidades para pessoas com deficiência. Em uma das formações mais simbólicas, foi habilitada a primeira comandante ribeirinha PCD, Najara Bentes, atleta paralímpica que hoje atua como multiplicadora de conhecimento. Antes de comentar o caso, Thiago ressaltou a necessidade de ampliar o olhar sobre a inclusão nas comunidades.

“Dentro das comunidades há muitas pessoas com deficiência escondidas, sem oportunidade. Nosso papel é incluir todos. A Najara hoje viaja conosco pelos municípios mostrando que a mulher e o PCD também podem comandar embarcações”, disse Thiago.

As ações também se estendem às áreas de conservação ambiental. Em locais como a Reserva Extrativista Unini, em Barcelos, o Instituto tem promovido atividades de reflorestamento e turismo de base comunitária. Thiago explicou como essas iniciativas ajudam a reduzir o desmatamento e gerar renda de forma sustentável.

“Trabalhamos com o conceito de floresta em pé. Incentivamos o ribeirinho a receber turistas, plantar espécies como açaizeiro e andiroba e valorizar o que é dele. É o turismo substituindo o desmatamento”, afirmou.

Questionado sobre os desafios para manter os projetos em funcionamento, Thiago destacou que a maior dificuldade é fazer com que os recursos destinados à Amazônia cheguem de fato às comunidades. Ele reforçou que o Instituto atua com base em transparência e resultados concretos.

“Muitos recursos chegam à Amazônia, mas não chegam ao ribeirinho. Nosso trabalho é mostrar resultados reais. Contamos com apoio de empresários comprometidos com a causa, como Felipe Cid, que tem levado conectividade e investimento às comunidades”, comentou.

Segundo o CEO, a presença contínua do Instituto nas comunidades é o que garante credibilidade e confiança. Ele comparou essa postura à disciplina aprendida no Exército.

“Aprendi no Exército que a presença constante é o que faz a diferença. O ribeirinho está cansado de promessas. A gente vai, conversa, capacita e volta para acompanhar. É assim que o respeito se constrói”, afirmou.

Encerrando a entrevista, Thiago deixou uma mensagem aos jovens e empreendedores que desejam atuar na defesa da floresta e no desenvolvimento sustentável da região.

“Há esperança na Amazônia. Se você quer transformar sua comunidade, procure o Instituto Amazônia Viva. A selva nos une e a Amazônia nos pertence.”


Por Haliandro Furtado, da redação da Jovem Pan News Manaus

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